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01/06/2019 19:03:03 (#591) - Cansei do alcance das redes sociais

Cansei do "alcance" das redes sociais.

Há alguns anos, antes do invento das redes sociais eu era um assíduo publicador aqui, no meu site pessoal, isso antes mesmo de inventarem o termo "blog". Com o tempo e a ilusão do alcance das redes sociais isso acabou diminuindo e hoje vejo que foi uma grande perda de tempo (e conteúdo) ter postado no falecido orkut ou, hoje, no facebook.

Sim, eu tenho perfis e páginas em redes sociais. E muitas. Se quiser me seguir tem a página Tacio Philip no FB, tem também meu perfil Tacio Philip (2), onde você pode clicar em "Adicionar" e magicamente seremos "amigos". Tem também meu perfil antigo, que chegou a ter 1898 "amigos", hoje tem menos de 60 e uso para ver o que algumas páginas publicam - e não selfie de "amigos" - e não, não vou te adicionar nele, convites são ignorados para não ter que recusar mais de uma vez. E recentemente tenho postado até no vazio (de sentido, não de conteúdo) instagram e tudo isso teve uma ideia inicial, que durou até demais: conseguir que o que desejo mostrar, seja uma foto, vídeo, texto ou uma simples frase tivesse mais alcance, que mais pessoas fossem "atingidas".

Entretanto, a liquidez do Facebook (ou melhor, das redes sociais) - e não estou falando no valor de suas ações no mercado financeiro - é insuportável. Provavelmente até eles tenham percebido isso, colocando há algum tempo a "feliz" opção de "Lembranças", permitindo que você tenha contato com aquele pensamento/postagem/selfie em Paris tão importante para sua vida e divulgado para todos seus "amigos" há 1, 2 ou 10 anos atrás.

Ai dá para pensar também: hoje em dia, quem acessa um site? Com certeza é pouca gente. Ou, pelo menos, proporcionalmente à quantidade de pessoas que estão colocando "joinha" em foto de gato fofinho é irrelevante (eu adoro gato fofinho, já resgatei e tenho vários, a crítica não é aos gatos, ok? - bem que talvez pudesse usar isso como ferramenta para "viralizar"). Mas voltando ao pensamento, sei que o número de pessoas que leem algo fora da verdade do FB é pequeno (pelo menos essa é a minha impressão já que não tenho como mensurar os seguidores da verdade no Whatsapp, que não uso). Mas um conteúdo em um site, principalmente um site que eu programei, que eu tenho o conteúdo, que eu posso salvar no meu HD, em disquete e com uma cópia em nuvem é menos imaterial e menos dependente da vontade alheia que uma "rede social". Você lembra daquele ótimo texto que leu no orkut? lembra daquela linda foto que viu em uma rede social de fotografia que não existe mais (sei que isso aconteceu algumas vezes, mas escorreu tão rápido que nem lembro o nome)? Onde eles estão? E uma das "funções" que dou ao meu site pessoal é ser um simples depósito de lembranças de modo que eu possa acessá-las sempre que quiser.

Então, só concluindo isso, a partir de agora voltarei a postar mais no meu site pessoal do que em redes sociais. Mas não se preocupe, divulgarei o link da postagem para que você possa deixar sua curtida em uma velocidade estonteante e mais rápida que a leitura do primeiro parágrafo (depende do estado dos servidores de hospedagem até mais rápido que o tempo de abertura do site).

E sobre o site em si, esse onde está esse texto e onde essas palavras estão jogadas para leitura pelos robots do google, esse site com "design da década de 90 e não responsivo para dispositivos móveis" (sim, já li/ouvi isso mais de uma vez), por enquanto ele continuará dessa maneira por dois motivos principais: 1 - não estou com tempo, ou melhor, com saco para reprogramá-lo; 2 - se para você ter que fazer o movimento que, se não me engano havia sido patenteado, de "pinçar" uma tela, é muito para que a leitura possa valer a pena, é muito provável que você realmente não seja meu "público" e já te adianto que esse conteúdo é irrelevante para sua vida - prefiro um livro sem capa, mas com conteúdo, que apenas um livro colorido de mandalas para pintar e que ajudará a você suportar sua vida de estresse - eu não sou autor de autoajuda para fazer com que você se sinta feliz, amado e que seus sonhos serão realizados, eu não minto; 3 - não escrevo para moscas e na dimensão do meu site posso contar de 1 a 2 com mais de 2 tópicos.

Além disso, outra falta que sinto, talvez por gostar de entender e discutir algo, seja como regular um câmbio de bicicleta, arte na fotografia ou filosofia, a velocidade das redes sociais não permite aprofundamento em nada. Você pode até estar em uma conversa interessante, rendendo, mas logo percebe que o interesse foi passando, que as interações diminuíram e logo ouve apenas o barulho dos grilos, tendo a conversa morrido para ser recordada daqui um ano, quando será compartilhada e receberá meia dúzia de curtidas só pelo fato de ser uma lembrança, sem sequer ser lida.

E só para não generalizar, ignorando a rapidez do desaparecimento do conteúdo, às vezes acontecem conversas em redes sociais. Pelo menos é o que ainda vejo, mesmo que raramente, em algumas páginas/grupos de filosofia ou arte, mas sim, é raro e mesmo assim é algo que passa mais rápido que uma virada de folha de um livro.

Agora, sobre a "perda de interação", sobre a "troca de informações", sobre os "diferentes pontos de vista" e "amizades", isso também era o que eu esperava nas redes sociais, mas seja realista, isso existe? Então não fará muita diferença já que algumas pessoas que conheço sabem onde moro e café pessoalmente é mais interessante que "joinha". Inclusive, por isso o "algumas" pessoas na frase, como postei uma vez uma frase retirada do Ecce Homo do Nietzsche, era algo como "ter que dizer não é um dispêndio de energia desnecessário e que deve ser evitado", e prefiro os poucos que os milhares e é fato que projetos de Übermensch são raros e insetos só me interessam para minhas fotos representativas, sem sentido, mas muito bem feitinhas.

E só para fechar, como não podia deixar de fazer, quem leria um texto sem uma imagem para ilustrar, não é? Então abaixo uma imagem digital que postei há algum tempo no "grande" instagram, inspirada no Kazimir Malevich.

Enviado por Tacio Philip às 19:03:03 de 01/06/2019



08/02/2019 16:11:41 (#590) - Livros Decifrando a calculadora hp Prime, hp 50g e hp 12c

Desde que me tornei autônomo, um dos meus primeiros "trabalhos" foi com as calculadoras hp, na época a hp 48g/gx, quando cheguei a dar cursos em uma autorizada hp em São Paulo (J.Heger) e na mesma época, em 1998, fundei o hpclub do Brasil, site que mantenho até hoje.

O tempo foi passando, dei também assessoria para dúvidas em cursos da hp 12c, mas meu foco foi sempre nos modelos gráficos, acompanhando os lançamentos das hp 49g, hp 49g+, hp 50g até chegar, mais recentemente, na hp Prime, sempre oferecendo cursos e material atualizado para usuários dessas máquinas.


Livro para as principais necessidades.

Já bem mais recente, no final de 2014 e começo de 2015 lancei dois vídeo cursos, podendo assim alcançar não apenas alunos que faziam meus cursos presenciais em São Paulo, mas no Brasil inteiro, com os Vídeo Curso hp 50g e Vídeo Curso hp Prime, que teve (e ainda tem) um excelente aceitamento principalmente por alunos de engenharia que usam essas calculadoras. Na mesma época lancei também a Vídeo aula pdf/imagem na hp Prime, uma aula extra que ensina como converter/transferir arquivos "lembrete" para a hp Prime.

E desde que comecei a oferecer cursos sempre tive um material impresso que o acompanhava, na forma de apostilas. Entretanto, no final de 2018, com a possibilidade de publicação de livros por demanda, sem precisar investir milhares de Reais nem ter milhares de livros estocados em casa, eu dei uma revisada nas apostilas, as complementei, uni materiais e escrevi material novo até o lançamento de três livros, abordando o uso das calculadoras hp Prime, hp 50g e hp 12c.

Sendo assim, se você procura cursos ou livros sobre as calculadoras hp, visite o hpclub do Brasil, te garanto que o material que ofereço, sejam os livros ou cursos foram mais que testados e aprovados por milhares de alunos que tive em cursos presenciais e online. Além disso, os vídeo cursos possuem certificado (aceito na maioria das faculdades como horas de atividades complementar) e os livros podem ser adquiridos diretamente na editora (links logo abaixo).

Vídeo cursos
- Vídeo Curso hp 50g
- Vídeo Curso hp Prime
- Vídeo aula pdf/imagem na hp Prime

Livros
- Decifrando a hp Prime: do básico ao cálculo e memória (para engenharias/exatas) - mais infos no hpclub - link na amazon.
- Decifrando a hp 50g: do básico à programação (para engenharias/exatas) - mais infos no hpclub - link na amazon.
- Decifrando a calculadora hp 12c: do básico ao cálculo financeiro - mais infos no hpclub - link na amazon.

Bons estudos!

Enviado por Tacio Philip às 16:11:41 de 08/02/2019



21/12/2018 21:40:12 (#589) - Estressando com a Pichau informática, mais um livro, trabalho e escaladas em Bragança, Extrema e Pinda

Depois do final de semana prolongado com palestras e escaladas em Analândia a Lorena e eu passamos uns dias em São Paulo, onde aproveitei para finalmente pedir um novo PC.

Depois de algumas semanas pensando em configuração (e no orçamento disponível) fiz o pedido, paguei e aí começou o martírio. Com a desculpa que a venda foi na "black friday", a empresa começou a atrasar, atrasar, atrasar e levar uma eternidade para entregar meu pedido (e não fui o único). Tentativas de contato sem sucesso, reclamações no reclameaqui, Procon, internet e, finalmente, dia 14, 22 dias depois, foi entregue (eles vendem sem ter estoque e além do que tem capacidade de produzir para honrar os prazos informados). A loja em questão, que eu só voltaria a comprar se fosse uma promoção absurda e se eu não tivesse pressa nenhuma, é a Pichau. Antes de comprar com eles esteja ciente que eles entregam, o produto é bom, a montagem é super caprichada, mas o atendimento ao cliente não existe, eles atrasaram vários dias e sequer davam satisfação ou previsão de entrega. Abaixo um vídeo com mais detalhes.

Inclusive, um dos motivos de eu ter me estressado com o longo atraso é que meu notebook (com apenas 12 anos) queimou (provavelmente a placa mãe) e estava para lançar mais um livro sobre manuseio de calculadoras hp, o que acabou atrasando alguns dias (por causa do atraso do PC), mas finalmente saiu. Este livro, no formato dos anteriores sobre a hp 12c e hp 50g, agora ensina como usar a calculadora hp Prime. Mais infos sobre o livro no hpclub do Brasil.

Compre aqui o livro Decifrando a calculadora hp Prime
Adquira seu exemplar.

Além disso, como não podia deixar de ser, a Lorena e eu também aproveitamos para o trabalho em casa (principalmente com mais uma árvore que caiu, para tirá-la de onde estava e transformá-la em mourões para começar a refazer a cerca) e para irmos escalar aqui em Bragança (Visual das Águas), Extrema (Falésia da Esfinge) e Pindamonhangaba (Falésia Paraíso).

Durante as escaladas muito calor e, aproveitando a vontade de "dar um forçada", aproveitei para isolar os movimentos da primeira parte da "Fenda do Maluf", no Visual das Águas, que dá um 8a (veja o guia de escalada do Visual) com a Lorena e o Leandro (que a encadenou), algumas escaladas mais "light" na Esfinge e também entrar na "Aresta Arisca" (7c) e "90 graus" na Falésia Paraíso, com a Lorena, Juvenil e Fidelis, conseguindo isolar e quase encadenar a "90 graus", depois de equipá-la e entrando novamente em top-rope (vídeo abaixo). Acho que é uma via que merece retorno (no inverno, estava absurdamente calor).

De resto cuidando da casa, do gato Elbrus, fotografando pouco, filmando um pouco mais (siga meu canal no youtube) e contando os dias para o final do verão (182 dias) que começou hoje (fiz um vídeo sobre isso também!).

Agora é continuar contando os dias até esse calor infernal acabar para voltar a ter vontade de fazer algo...

Enviado por Tacio Philip às 21:40:12 de 21/12/2018



28/11/2018 21:50:08 (#588) - Palestras, exposição e muitas escaladas no Cuscuzeiro, em Analândia

Há alguns meses recebi um convite do Alexandre para dar uma palestra de macrofotografia no 2o. evento Analândia - Cidade Fotográfica e a primeira coisa que veio a cabeça foi: escalar no Cuscuzeiro!

Conversamos, vimos se seria viável (tanto para ele quanto para mim) e, no final, acabamos fechando duas palestras: uma de macrofotografia, no dia 17 de novembro, e outra de fotografia no montanhismo e na escalada, dia 18, além de uma exposição com algumas das minhas fotos feitas com a técnica de empilhamento de imagens.

Sendo assim, no dia 16 de novembro a Lorena e eu pegamos estrada de Bragança para Analândia, onde chegamos no começo da tarde, indo direto para o Cuscuzeiro, para nosso primeiro dia de escalada. Nesse dia aproveitando para nos "aclimatar" com o arenito entramos em umas vias mais tranquilas, curtindo a "maciez" daquela rocha (com agarrões, negativos e ainda assim, com aderência).

Saindo de lá demos uma passada no local onde seriam as palestras para eu "me achar na cidade", no centro, por pura coincidência encontramos o Werter (amigo de infância da Lorena), jantamos na praça em um trailer (uma comida japonesa gostosa, mas quase do tamanho de um copo descartável de cafezinho de tão pequena) e, à noite estávamos hospedados no Orquidário Tico e Teco, onde ficaríamos hospedados pelos próximos dias (e onde foi minha exposição fotográfica, dentro de sua estufa principal).

No dia seguinte acordamos cedo, tomamos nosso café da manhã (aproveitando o evento "Café com orquídeas") e seguimos então, mais uma vez, para o Cuscuzeiro (a menos de 5 minutos de onde havíamos ficado). Por lá mais um dia de escaladas e agora, além de "brincar" nas vias negativas, mas com agarrões, pude "brincar+sofrer" um pouco em dois 7a, um deles que só tem essa graduação por causa da saída-mais-que-estúpida (via A Insaciável) e depois fechar o dia na clássica "Sunday Bloody Sunday" (se for escalar no Cuscuzeiro peça o guia direto com o Rodrigo Genja em https://queroescalar.com.br/guia-completo-de-escalada-do-cuscuzeiro/.

Logo na saída um almoço no local, depois uma pausa para descanso e banho no orquidário e, no final da tarde, depois de um lanche-janta (com direito a várias degustações em eventos no centro de Analândia) dei minha palestra sobre macrofotografia, com cerca de 2 horas de duração (e possivelmente minha última palestra). A fotografia está tão valorizada que uma palestra que custava R$ 30,00 para o participante - se ele não tivesse comprado na promoção com 50% de desconto - ficou quase vazia, com umas 8 pessoas (mas minha parte fiz e foi gostoso falar de macro, equipamento, linguagem, arte etc etc etc).

À noite, de volta ao orquidário, uma merecida noite de sono (nesse dia havíamos comprado "cobrinhas" para espantar um pouco os pernilongos) e, no dia seguinte, de manhã, minha outra palestra, agora sobre fotografia no montanhismo e na escalada, já que cursos de escalada é um dos meus trabalhos "mais oficiais" (conheça meu site climbing).

Nessa outra palestra, gratuita, além da organização tinham umas 6 pessoas, sendo que 3 delas eu tinha conhecido e convidado no dia anterior, enquanto a Lorena e eu escalávamos no Cuscuzeiro (ou seja, eram escaladores)... Isso só confirma mais ainda uma coisa que eu já tinha certeza e que é o motivo de eu ter parado de dar cursos, palestras, workshops há alguns anos: estupidez insistir no ensino de temas de fotografia que precisam de estudo e que são principalmente foto autoral! As pessoas só querem foto de "newborn", "trash the dress", "wedding", os mais-que-na-moda drones e qualquer outro nome bonitinho-gringo-estúpido que possam vender para clientes que querem fotinhas da moda e que tenham "receita barata" para serem feitas, sem precisar de estudo (afinal, estudar foto para que se a maioria só é "profissional" de final de semana mesmo, não? Trouxa sou eu com uma pós-graduação em foto e por gostar de discutir imagem, arte, filosofia da fotografia etc.).

Mas, ignorando tudo isso (a falta de público interessado nos temas que eu gosto), a viagem foi muito legal! Dei as palestras da maneira que sempre fiz (dando o meu melhor), durante as palestras me diverti muito (gosto de mostrar minhas fotos, falar sobre elas e ensinar) e, na hora do almoço estávamos em um restaurante comendo para, em seguida, pegar estrada de volta para Bragança (nem que aguentássemos escalar nesse dia poderíamos: choveu!).

De volta à Bragança cuidamos do gato Elbrus e fomos então passar uns dias em São Paulo, na casa da minha mãe. Agora estamos de volta em casa, aproveitando os dias para escrever mais um livro que espero lançar esse ano (agora sobre o uso das calculadoras hp Prime, que ensino em vídeo cursos que ofereço pelo hpclub do Brasil (além de varrer folha, reorganizar mudas de árvores, limpar telhas onde tinha goteira...) e, hoje, uma quarta-feira de escaladas no Visual das Águas, do "lado" de casa (e amanhã tem mais). ;-)

Algumas fotos de Analândia (fotos do local e algumas em infravermelho) em Escaladas no Cuscuzeiro - Analândia.

Enviado por Tacio Philip às 21:50:08 de 28/11/2018



14/11/2018 22:06:46 (#587) - Livro Os quase 35 pontos mais altos do Brasil: histórias sobre a escalada de 31 deles e porque abandonei o projeto

Livro: Os quase 35 pontos mais altos do Brasil
histórias sobre a escalada de 31 deles e porque abandonei o projeto
por Tacio Philip Sansonovski

Já pratica montanhismo ou tem vontade de iniciar? Sabia que no Brasil existem muito mais picos para subir do que a maioria das pessoas conhecem?

Neste livro eu conto histórias sobre como foi minha primeira escalada (e também algumas repetições e outros casos) a 31 dos 35 pontos mais altos do Brasil, de acordo com tabela publicada no anuário estatístico do Brasil, pelo IBGE.

Nela aparecem os muito famosos e procurados Pico das Agulhas Negras, Pedra da Mina, Pico da Bandeira, Pedra do Sino, mas também os tão desconhecidos ou ignorados Pico da Cabeça de Touro, Pico Maior de Friburgo, Morro da Cruz do Negro, Pedra Furada e muitos outros.

Os principais acontecimentos foram entre 2000 e 2010, mas conto também diversas histórias sobre repetições e fatos interessantes que aconteceram no local, sobre meu aprendizado, evolução até chegar a histórias recentes, deste ano.

Além disso, conto como essa busca por esses picos se tornou um projeto e porque, depois de alguns anos esperando "boas notícias" dos órgãos ambientais, o abandonei quando divulgaram as novas regras para visitação a um dos seus picos (além de manter outras proibições).

Se você quer saber mais sobre as possibilidades para montanhismo no Brasil, ou simplesmente curtir várias histórias de desafios, perrengues e conquistas que mostram claramente como foi minha evolução na busca de montanhas, procure um local confortável e tenha uma boa leitura!

Peça o seu direto na editora.

Descrição

Apesar do Brasil ser um país conhecido pelo seu litoral, muitas pessoas preferem enfrentar longas subidas, às vezes durante dias, carregando peso, passando frio, em um relevo acidentado do que simplesmente curtir o conforto e clima ameno, com uma cervejinha e camarão, em uma praia.

Este livro traz, de uma maneira descontraída e agradável, diversas histórias sobre minha escalada a 31 dos 35 pontos mais altos do Brasil (segundo o anuário estatístico do IGBE), além de muitas outras sobre meu retorno a esses picos, casos curiosos acontecidos no local e pensamentos sobre a evolução e aprendizado no ambiente outdoor.

Se você é praticante de montanhismo, escalada ou simplesmente gosta de natureza e de histórias sobre explorações, perrengues e conquistas, procure agora mesmo um local confortável e tenha uma boa leitura!

Dados técnicos

Número de páginas: 274
Edição: 1 (2018)
ISBN: 978-85-906386-2-9
Formato: A5 (148x210)
Coloração: Preto e branco
Acabamento: Brochura c/ orelha
Tipo de papel: Couche 90g

Peça o seu direto na editora.

Enviado por Tacio Philip às 22:06:46 de 14/11/2018



05/10/2018 11:03:52 (#586) - Livro Decifrando a calculadora hp 50g: do básico à programação (para engenharias/exatas)

Quem me conhece há bastante tempo sabe que um dos meus primeiros "trabalhos autônomos" foi dar curso de calculadoras hp, isso lá por volta de 97, quando tinha largado minha carteira assinada como analista químico (e que nunca mais seria assinada) e entrei na faculdade fazendo bacharelado em física, período diurno, na USP.

Nessa época, por ter feito técnico em química, eu já mexia com calculadoras científicas gráficas, mais especificamente a hp 48gx, há uns 3 anos. Na faculdade comecei a ver na teoria o que sabia resolver na prática na calculadora (cálculo integral e diferencial) e foi nessa época que comecei a dar cursos das calculadoras hp 48 na faculdade e em uma autorizada hp que existia em São Paulo, a J.Heger, fundando em 1998 meu site "comercial" mais antigo, o hpclub do Brasil - www.hpclub.com.br.

Os anos foram passando, na faculdade "migrei" para bacharelado e licenciatura em química, mas continuei trabalhando com cursos das calculadoras, sempre de olho nas novidades e passando pelas hp 49g, hp 49gII, hp 50g e mais recentemente a hp Prime (sem deixar de lado a hp 12c, que também aprendi a mexer para dar assessoria para dúvidas na mesma autorizada hp).

Teve épocas que dei mais cursos de calculadoras, teve época que dei menos, uma hora eram cursos presenciais em turma, outra aulas particulares ou em "pacotes fechados" em faculdades e, mais recentemente, lancei também Vídeo Cursos, podendo assim ensinar à distância quem não tinha como vir até São Paulo fazer o curso, nem me levar até sua cidade.

E junto aos meus cursos sempre forneci apostilas, tanto no curso de manuseio quanto de programação, que desenvolvi de acordo com o que achava importante ensinar, desenvolvendo um material muito mais direto, prático e com exemplos que os enrolados manuais das calculadoras hp (obs: quando estava para sair a hp 49g me contrataram para revisar a tradução do seu manual, e assim o fiz. Só que quando a mesma foi lançada tinham ignorado tudo que sugeri - mas tudo bem, escolha deles e recebi o pagamento assim mesmo).

Mas voltando ao tema apostilas, além de serem oferecidas aos alunos dos cursos presenciais elas eram vendidas pelo meu site. Hoje, com a possibilidade de impressão por demanda (sem precisar contratar uma gráfica para imprimir 1000 livros e ter um estoque para anos) pude então juntar tanto o material do curso de manuseio quanto de programação e lançar um livro, atualizado e completo sobre as calculadoras hp 50g (mas também compatível com os modelos 48/49).

Se você usa essas calculadoras e quer realmente entender sua lógica e como elas funcionam (não apenas decorar sequências de teclas para resolver problemas isolados, como são a maioria das "dicas" encontradas por aí) veja meu livro (que inclusive agora sai mais barato que as apostilas que eram vendidas separadamente). Já formei milhares de alunos nos meus cursos de calculadoras e sei exatamente as dúvidas que aparecem e para que precisam a calculadora, quem fez meus cursos (presenciais ou em vídeo) e usou meu material sabe a diferença.

Compre aqui o livro Decifrando a calculadora hp 50g
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Enviado por Tacio Philip às 11:03:52 de 05/10/2018



14/09/2018 11:45:53 (#585) - Travessia da Serra Fina 2.0 em 1 dia (com Tartarugão e Cabeça de Touro)

Depois de ter feito a Travessia da Serra Fina em 1 dia, em 2015, com o Leandro, e uma versão apimentada da Travessia da Serra Fina 2.0 (travessia com vários cumes extras), com o Juvenil e a Lorena, em Julho desse ano, chegava então a hora de juntar essas duas e fazer o que seria a Travessia da Serra Fina 2.0 (travessia "normal" + com cumes extras: Tartarugão e Cabeça de Touro) em um único dia.

Sendo assim, no dia 11 de setembro, o Leandro, Lorena e eu pegamos estrada à tarde rumo a Toca do Lobo, parando para acampar no "estacionamento" atual de quem vai fazer a travessia da Serra Fina.

No dia seguinte, 12 de setembro, véspera de eu completar 41 anos, acordamos por volta das 4 h da madrugada, preparamos sem pressa nosso café da manhã, terminamos de arrumar as pequenas mochilas com os suprimentos para o longo dia que estava por vir e, às 5h20, o Leandro e eu nos despedíamos da Lorena (que ficou encarregada de arrumar a bagunça que deixamos e nos resgataria no final) e começamos a caminhada, ainda no escuro, com as headlamps iluminando nosso caminho.

Poucos minutos depois chegamos à "Toca do Lobo", atravessamos o rio e começamos a subida de verdade. Com as pernas (e todo o resto do corpo) ainda frios fomos subindo, aquecendo, e aos poucos o céu e o caminho iam clareando até que, às 6h50, fazíamos nossa primeira pausa para lanche - o que fizemos a cada 45 minutos durante todo o dia - e para pegar água, na subida para o Alto do Capim Amarelo.

De volta a caminhada com o Sol aparecendo no horizonte e um mar de nuvens abaixo de nós continuamos a subida e, depois de mais uma breve pausa para lanche (que duravam entre 5 e 10 minutos), às 7h28 chegamos ao nosso primeiro cume do dia, o Alto do Capim Amarelo.

No cume mais uma pausa para lanche, assinar seu livro de cume e logo estávamos descendo pela sua outra face, passando pelo Maracanã, Morro do Melano até que chegamos à cachoeira vermelha, quase na base da Pedra da Mina, desviando da trilha normal para o Morro do Tartarugão, aonde chegamos às 10h26 para, mais uma vez neste ano, assinar seu recém colocado livro de cume (e cume inédito para o Leandro).

Sem perder muito tempo logo estávamos caminhando novamente, voltamos para a cachoeira vermelha e seguimos caminho, pegamos um pouco de água no riacho, já na base da Pedra da Mina, chegando ao seu cume, e ponto mais alto da travessia, às 12h02, para mais uma breve pausa para lanche e assinar seu livro.

De volta à caminhada encontramos duas pessoas que chegavam ao cume vindo do Paiolinho e na sequência descíamos para o Vale do Ruah, parando apenas para uma longa pausa (de uns 15 minutos) no seu último ponto de água, antes de voltar a subir.

Com as garrafas recarregadas seguimos nosso caminho, passamos pelos diversos cumes da crista e, perto das 14h30, estávamos no cume do Cupim de Boi, de onde seguimos direto para a segunda montanha "fora da travessia normal" do dia, o Pico da Cabeça de Touro, uma linda e imponente montanha, também inédita para o Leandro, aonde chegamos às 15h18.

No topo coloquei mais dois plásticos zip para proteger seu livro de cume e como não havia caneta nem lápis só puder marcá-lo com mais um adesivo do meu site www.climbing.com.br, poucas páginas depois do que havia deixado em julho (mas bem legal ver que mais gente esteve por lá esses dias). Nesse momento, mesmo faltando ainda um bom trecho de caminhada, já dávamos por bem sucedida nossa ideia de travessia (tínhamos feito as duas montanhas extras e agora "só" faltava completar a travessia).

Com o final da tarde se aproximando seguimos nosso caminho, às 16h30 passamos novamente pelo cume do Cupim de Boi e seguimos então para o Pico Três Estados, atingindo seu cume às 17h12 para mais uma assinatura em livro e alguns poucos (mas necessários) minutos de descanso.

Com o frio da noite chegando vestimos nossos anoraks, já deixamos as headlamps acessíveis e seguimos então a descida, e logo depois a subida, que nos levou ao cume do Alto dos Ivos Leste, às 18h50, com uma linda lua e céu absurdamente estrelado sobre nós.

Sentindo bem o cansaço do longo dia seguimos caminho, agora praticamente só para baixo, até que, às 21h50, depois de 15h30 de caminhada, chegávamos à porteira do "Sítio do Pierre", aonde a Lorena nos esperava com duas garrafas de suco de laranja e bolo.

Ao final desse longo dia havíamos percorrido cerca de 35 km de caminhada com 3500 metros de desnível acumulado e tendo alcançado 5 cumes listados no anuário estatístico do IBGE: Alto do Capim Amarelo, Morro do Tartarugão, Pedra da Mina, Pico da Cabeça de Touro e Pico Três Estados, além do Morro do Melano, Cupim de Boi e Alto dos Ivos Leste.

Mortos de cansaço, mas felizes por termos completado o planejado, descansamos um pouco, trocamos de roupa e finalmente estávamos no conforto do banco do carro, seguindo nosso caminho de volta à civilização.

Nossa ideia inicial era ainda voltar para São Paulo no mesmo dia, mas com o cansaço e, principalmente, o sono, achamos melhor parar para dormir, o que fizemos em um hotelzinho, já em Cachoeira Paulista, para a merecida noite de sono (que só não foi melhor por causa de um galo que funcionava como despertador, cantando de madrugada).

No dia seguinte, completando minha 4a década de vida e sentindo o cansaço da avançada idade que chegava (e "um pouco" também da caminhada do dia anterior) tomamos café da manhã, acabamos de arrumar as coisas e pegamos estrada, chegando a São Paulo por volta do meio-dia.

Em São Paulo uma tarde e começo de noite usadas para descanso, postar algumas das poucas fotos que fiz durante a travessia, fazer upload dos vídeos e, já no meio da noite, pegar estrada de volta pra casa, em Bragança Paulista, aonde a Lorena e eu chegamos quase à meia noite.

Fazer a travessia da Serra Fina é sempre muito bom e, dessa vez, o foco foi na intensidade da caminhada, preparo físico e, principalmente, preparo psicológico para completá-la em apenas um dia de muito cansaço e sofrimento. Há dois meses a ideia foi mais contemplativa, com mais tempo (3 dias e meio de caminhada) e aproveitando também para muitas fotos e ainda mais cumes. São enfoques totalmente diferentes, mas ambos com seus prós e contras.

De qualquer maneira, estar na montanha sempre vale a pena e acho que com essa travessia fecho minha temporada 2018 de montanhismo (pelo menos de montanhas mais "sérias" e acho que agora consigo terminar se escrever meu livro "Os (quase) 35 pontos mais altos do Brasil - segundo o anuário estatístico do IBGE").

Algumas fotos estão no link Travessia Serra Fina 2.0 em 1 dia e os vídeos nessa playlist do youtube (e incorporada abaixo).

Enviado por Tacio Philip às 11:45:53 de 14/09/2018



01/08/2018 13:40:20 (#584) - Travessias Marins-Itaguaré e Serra Fina 2.0 (com cumes extras) emendadas

Há alguns meses, sabendo as datas de suas férias, o Juvenil me chamou para fazer a travessia Marins-Itaguaré, sendo que já estava negociando o transporte/resgate para o início/fim da travessia. Entretanto, como sabia que ele toparia algo a mais, sugeri emendarmos a Marins-Itaguaré com a Serra Fina e, além disso, aproveitarmos para subir alguns cumes extras no caminho, o que ele logo topou e, junto com a Lorena, no dia 19 de julho iniciamos nossa longa travessia de seis dias.

Dia 1: Saída de Bragança e subida do Pico dos Marins
No dia 19 de julho, junto com a Lorena, às 8 h buscamos o Juvenil em sua casa e logo seguimos nosso caminho para Passa-Quatro/MG, aonde chegamos por volta das 11h30, horário perfeito para aproveitarmos um bom almoço caseiro e sem frescura no "Restaurante da dona filhinha", no centro da cidade.

Já alimentados voltamos ao carro e seguimos até a casa da Patrícia, que faria nossos transfer nos próximos dias. Com o carro na garagem, primeiras mochilas para a primeira travessia prontas, mochilas de alimentos e outros itens extras que pegaríamos daqui três dias prontas, seguimos então até o Acampamento Base Marins, aonde chegamos perto das 14 h e, logo depois de preenchermos nossas muitas garrafas de água (haviam me informado que não havia água na travessia), perto das 14h40 começamos nossa caminhada "morro acima".

Apesar do peso e por ser o primeiro dia de caminhada (para mim sempre o mais sofrido) a subida foi bem, subimos sem pressa aproveitando para muitas fotos e desfrutar o caminho e, no final da tarde, por volta das 18 h, montamos nosso 1º acampamento já no "caminho" da travessia.

Com as barracas prontas guardamos as mochilas e, agora leves como uma pena, sem ter que carregar litros e litros de água, fizemos um ataque "rápido" até o cume do Pico dos Marins, à noite, chegando ao seu cume perto das 19h30 só para "carimbar o passaporte", curtir um pouco o visual super aberto do Vale do Paraíba abaixo e logo descer para o merecido jantar e noite de descanso.

Dia 2: Travessia Marins-Itaguaré com cume do Itaguaré
No nosso segundo dia na montanha acordamos por volta das 6h30, mas só começamos a levantar por volta das 7 h, o que acabou sendo o padrão nos dias seguintes. Tomamos nosso café da manhã, desarmamos acampamento, arrumamos às mochilas e, às 8h20 (horário que praticamente se tornou "padrão" para começarmos a andar) iniciamos a caminhada da travessia em si.

A travessia segue pela crista da Serra da Mantiqueira e passa pelos cumes do Marinzinho, onde existe também uma trilha direta de acesso via Marmelópolis (que eu havia feito, em 2015, com a Lorena), depois pela base da Pedra Redonda (que só é redonda quando vista de longe), até chegar à base do imponente Pico do Itaguaré.

Apesar de mais curta que a Serra Fina, eu acho essa travessia mais exigente por conta dos infindáveis trepa-pedras do caminho. Junto a isso, some o sobe desce e o peso que estávamos carregando (no meu caso chuto por volta dos 20 kg, contando o equipamento fotográfico, o Juvenil carregava uns 80 kg na mochila :-P).

Fomos seguindo nossa travessia, em todos os cumes fizemos uma boa pausa para descanso, fotos e lanche, sem querer descobrimos uma trilha alternativa que passa por uma nascente de água próxima da Pedra Redonda (podia ter carregado uns 3 kg a menos!) e, perto das 16 h largávamos nossas mochilas na trilha e subíamos leves pela bifurcação até o cume do Pico do Itaguaré.

No topo do Itaguaré mais algumas fotos, assinamos seu "livro de cume" e, com as últimas luzes que de um lado mostrava um pôr-do-sol espetacular e do outro a grande sombra do Itaguaré no vale, voltamos para a trilha onde as mochilas nos aguardavam, seguindo então até o acampamento em sua base, aonde chegamos por volta das 18 h (e também havia água no riacho do Itaguaré, pouca, mas havia - porra Milton, você me sacaneou falando que a travessia estava seca! :-P).

No confortável e vazio local de acampamento armamos nossas barracas, preparamos nosso jantar e logo estávamos dentro dos sacos de dormir para mais uma noite de sono.

Dia 3: Descida do Itaguaré e início da subida da Serra Fina
No dia 21 de julho acordamos no nosso horário padrão, sem pressa tomamos café da manhã, desarmamos acampamento e só por volta das 8h50 iniciamos nossa descida para a sua base, cruzando no caminho com dezenas de pessoas que a subiam ou para um "bate-volta" no cume, ou para acampar na base da montanha (felizmente estávamos no contra fluxo e tivemos sossego no acampamento - já tive a infelicidade de pagar acampamento lotado e sempre tem algum grupo não muito educado que fica fazendo barulho e enchendo o saco dos outros a noite toda).

Aproveitamos a descida para mais algumas poucas fotos, paramos em seus riachos para beber água e para o Juvenil lavar seus utensílios de cozinha (os meus só seriam lavados em Bragança, uma semana depois) e, às 10h45, 5 minutos antes da Patrícia chegar, estávamos onde ficam os carros, felizes por termos completado a travessia (com os cumes) como havíamos planejado e prontos para seguir para a Serra Fina.

Com as mochilas no carro seguimos de volta para Passa-Quatro, no caminho uma breve pausa para fotos, da estrada (local onde pretendo voltar com mais tempo) do Pico da Gomeira e Serra Fina, fizemos um ótimo almoço no "Traíra e cia", passamos mais uma vez na casa da Patrícia para "trocar o refil" da mochila, tirando o que não precisaríamos mais e o que seria necessário na próxima travessia e, pouco antes das 14 h, éramos deixados próximos da "Toca do Lobo", aonde hoje chegam os carros para quem vai fazer a travessia.

Novamente com as mochilas nas costas (mas agora mais leves já que nossa programação da travessia aproveitaria melhor os pontos de água) logo começamos a caminhada, conversando com uma pessoa que aproveitava para tirar umas dúvidas (e que pretende fazer a travessia ainda nessa temporada), passamos pela Toca do Lobo, bebemos um pouco de água e então começamos a verdadeira subida (eu acho o começo da travessia, logo depois da Toca do Lobo, uma pirambeira muito chata! - até porque, nesse ponto, o corpo ainda não está quente).

Fomos seguindo nosso caminho para o alto, com uma linda tarde fazíamos várias fotos olhando, ao fundo, o Marins-Itaguaré, de onde acabávamos de vir e, mais perto, o Pico da Gomeira, montanha que subi em 2015 via Garganta do Embaú.

Perto das 15h20 paramos no ponto de água da subida e nossa ideia era acampar ali mesmo, mas por causa do chão muito irregular fizemos só uma razoável pausa para descanso, abastecemos nossas garrafas, eu aproveitei para um "banho até as coxas" em sua "piscina" e seguimos então, por menos de 30 minutos, até a próxima área de acampamento, aonde chegamos perto das 16h30, já na crista e com uma vista espetacular para o Alto do Capim Amarelo - bem diferente do clima que peguei com alguns amigos, no ano anterior, durante um bivac molhado no cume do Alto do Capim Amarelo.

Na área de acampamento armamos as barracas e ficamos curtindo o visual até o início da noite, aproveitando para mais de uma dezena de fotografias para todos os lados possíveis (nessa viagem acabei resolvendo voltar a "ser fotógrafo" e, além disso, produzir um material um pouco diferente do que estava acostumado a fazer nessas viagens: só paisagens em si - culpa disso voltei para casa com mais de 1000 fotografias e quase 300 estão aqui no site: links no final do texto).

Com a noite e o frio chegando preparamos nosso jantar, nos recolhemos para nossos aposentos "naturehike" e logo estávamos dentro dos sacos de dormir para a merecida noite de sono.

Dia 4: Subida do Alto do Capim Amarelo, Morro do Melano e Morro do Tartarugão
No nosso quarto dia de caminhada acordamos no horário de sempre, tomamos café, fizemos algumas fotos, desarmamos o acampamento e, às 8h15, com as mochilas de volta às costas, começamos a subir rumo ao cume do Alto do Capim Amarelo.

De onde estávamos o início da caminhada foi para baixo, descendo um pouco a crista (o que foi bom para fotos e para aquecer as pernas) e logo entrávamos na "interminável" crista da montanha que nos levou até o seu cume, aonde chegamos perto das 10h30, para assinar seu "livro de cume", fazermos mais fotos e logo seguirmos nosso caminho por sua face oposta, agora para baixo, parando para descansar só perto do meio dia, no "Maracanã", uma gigante área de acampamento na base da montanha (e lotada de lixo e papel higiênico - qual o problema que as pessoas tem em carregar seu próprio lixo?).

De volta à caminhada voltamos a subir, passamos por um grupo de pessoas (dois deles inclusive nos pediram um pouco de água - pessoal, planejem melhor o que vão precisar antes de entrar em uma travessia!), nesse trecho eu aproveitei para "esticar" até alguns cumes secundários às margens da trilha da travessia e perto das 16 h estávamos na "cachoeira vermelha" bebendo um pouco de água, largando nossas mochilas e começando a caminhada (só levando anoraks e headlamps) até o cume do Morro do Tartarugão, 18º ponto mais alto do Brasil segundo o anuário estatístico do IBGE e ignorado por muitas pessoas.

Chegamos ao cume, local que eu só havia estado uma vez e há oito anos, pouco depois das 17 h, assinamos seu "livro de cume" (agora tem e legal saber que tem sido mais frequentado, vi assinatura de diversas pessoas que conheço, inclusive ex-alunos de curso de escalada), fizemos fotos olhando, para um lado, o Alto do Capim Amarelo e a crista de onde tínhamos vindo, com o Marins-Itaguaré bem ao fundo, e para o outro, a Pedra da Mina com suas grandes paredes e, bem ao fundo, o Pico das Agulhas Negras.

Com as últimas luzes começamos a descida e, perto das 18h30, resgatávamos as mochilas e seguíamos mais uns 30 minutos até o local de acampamento antes do riacho onde, enquanto a Lorena e o Juvenil armavam o acampamento, fui buscar a nossa tão merecida e desejada água (fazer a Serra Fina sem seguir o "cronograma padrão" que a maioria faz é bom para que você possa aproveitar melhor os pontos de água e não ter que carregar tanto peso - pelo menos no começo).

De volta ao acampamento na base da Pedra da Mina, em uma noite que seria bem mais fria, preparamos o jantar e fomos então dormir.

Dia 5: Subida da Pedra da Mina, Pico do Avião, Cupim de Boi e Pico da Cabeça de Touro
No dia 23 de julho acordamos no horário padrão, depois da noite mais fria que pegamos durante a viagem toda e, enquanto preparávamos nosso café da manhã víamos o relógio mostrar uma temperatura de -3,8 ºC, perto das 7 h da manhã (de madrugada deve ter chego a uns -5 ºC).

Tomamos nosso café, desarmamos acampamento e, com o Sol que começava a nos aquecer, perto das 8h30 começávamos a andar, parando só para pegar um pouquinho de água no riacho e logo seguir a trilha que nos levou ao cume da Pedra da Mina, às 9h30, para uma longa pausa de quase uma hora para fotos, assinar "livro de cume" e comer, antes de seguirmos nosso caminho para seu cume irmão, o Pico do Avião (ou Pico de São João Batista).

No Pico do Avião também colocaram um novo "livro de cume", por volta das 11h20 o assinamos, fizemos mais fotos e perto do meio dia estávamos no "famoso" Vale do Ruah, seguindo entre os "pequenos" Capim Elefante e margeando seu riacho até fazermos uma longa pausa para lanche e pegar bastante água (seria nosso último ponto de água antes do final da travessia) por volta das 12h50.

Reabastecidos (eu com uns 6 litros/kg a mais na mochila) às 13h20 voltamos a caminhar, em um ritmo mais lento tanto pelo peso, quanto por voltar a subir, seguindo então a crista com seus vários sobe-desce que nos levou até o cume do Morro do Cupim de Boi, aonde chegamos às 15h20.

Sem perder muito tempo largamos as mochilas, pegamos os anoraks e headlamps e então começamos sua descida, pela face oposta, que nos levou ao colo entre ele e o Pico da Cabeça de Touro, outra montanha que ocupa seu lugar de destaque no anuário do IBGE (17º ponto mais alto do Brasil) e pouquíssimo visitada, sendo que eu tinha subido até seu cume só uma vez, também em 2008.

Fomos seguindo o track de minha antiga subida (além de vestígios recentes de passagem de pessoas) e, às 17 h, estávamos em seu cume, onde também encontramos um recém colocado "livro de cume" (havia sido colocado há apenas cinco dias!). No cume mais fotos e logo começamos a descer observando um pôr-do-sol dos mais bonitos que vi até hoje, atrás da crista das montanhas.

Já com as headlamps acesas chegamos de volta às mochilas e, com elas nas costas, descemos então para nosso 5º acampamento, na base do Pico dos Três Estados, aonde chegamos por volta das 19h10 para o merecido jantar e descanso, em uma noite muito mais quente que a anterior.

Dia 6: Subida do Pico dos Três Estados, Alto dos Ivos Leste, Alto dos Ivos real e final da travessia
Dia 24 de julho, nosso último dia na montanha, já felizes pelo que havíamos alcançado até aquele momento (tudo que havíamos planejado) acordamos no horário padrão, tomamos café, desarmamos acampamento e, com as mochilas nas costas começamos a subir, no meu caso ainda mais pesada por carregar uma sacola de lixo alheio (o FDP anda três dias para chegar até lá carregando a comida dentro da embalagem e, depois de comer, quando sobra só a embalagem que é bem mais leve, deixa na montanha, é foda!!!).

Fomos seguindo a escorregadia e úmida face Sul do Pico dos Três Estados, atrás de nós víamos o Cupim de Boi e Cabeça de Touro até que, perto das 9h30, estávamos em seu cume assinando seu livro e fazendo a foto "padrão" ao lado do seu marco, que indica a divisa dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Com mais um cume alcançado, por volta das 10 h voltamos a andar, em frente eu via a crista da Trilha da Panela, trilha que abri com alguns amigos, em 2015, e leva da "Panela" (na trilha do Paiolinho) até o cume secundário do Pico Três Estados e continuamos nossa descida rumo à meta final, o verdadeiro cume do Alto dos Ivos.

A travessia da Serra Fina passa por um cume secundário do Alto dos Ivos, seu cume Leste, sendo que o cume real chamava minha atenção há muito tempo e já estava mais que na hora de ir até ele. Fomos seguindo a travessia e, ao meio dia, deixando as mochilas e o Juvenil (que estava com dor no joelho), a Lorena e eu seguimos em sua direção, sem saber o que encontraríamos (trilha aberta ou não) até termos uma "boa/má" surpresa: a boa surpresa é que havia uma trilha bem aberta, a má surpresa é que estava exageradamente marcada com fitinhas laranja para uma futura corrida de montanha que está para acontecer (nada contra as corridas de montanha, se eu tivesse pique acho que até participaria, mas a marcação estava bem exagerada).

Fomos seguindo as centenas (literalmente) fitas, passamos pelo seu cume até a crista oposta da montanha, quando começa a descer (fomos até lá para algumas fotos e pensar na próxima caminhada) e, perto das 13 h, a Lorena e eu fazíamos nossa foto no cume real e marcávamos seu ponto no GPS.

Voltamos a caminhar e logo estávamos de volta ao cume Leste, junto com o Juvenil, seguindo então pela interminável descida rumo o "Sítio do Pierre", olhando cada vez mais de perto a crista de Itatiaia e cada vez mais de longe a crista da Serra Fina, dando nosso até logo para a Pedra da Mina.

Durante a descida ainda estiquei até um cume extra, bem ao lado de um ponto de acampamento, de onde, se o tempo estivesse aberto, com certeza teria uma ótima vista de todas as montanhas ao redor. De lá mais caminhada, agora sempre para baixo e cada vez em trilha mais arborizada, deixando para trás os campos de altitude e passando entre infindáveis túneis de bambu e bromélias até que, já por volta das 16h10, chegamos ao primeiro ponto de água da descida (depois, no dia seguinte, descobri que carreguei 1 litro de água a mais durante toda a descida sem saber - havia esquecido dela e racionado água à toa).

Com a trilha se transformando em estrada passamos pelas casas e, às 17h30, cansados, mas felizes de termos completado as duas travessias e feito tudo que era planejado, colocávamos as mochilas no chão e aguardávamos a Patrícia, que chegou uns 5 minutos depois, para nos resgatar e levar de volta à civilização.

De volta à Passa-Quatro colocamos as coisas nos carros, nos despedimos e, depois de uma breve pausa para o merecido jantar, antes de descer para Cruzeiro, seguimos nosso caminho de volta para Bragança Paulista, deixando o Juvenil em sua casa por volta das 23 h e indo para casa para o merecido banho (depois de seis dias) e uma ótima noite de descanso (em uma cama e sem estar "preso" dentro de um saco de dormir).

Conclusões finais
Estar na montanha é sempre bom e com boa companhia é melhor ainda. Durante esses seis dias de caminhada, entre os dias 19 e 24 de julho, a Lorena, Juvenil e eu fizemos a travessia Marins-Itaguaré e a emendamos com a travessia da Serra Fina que chamamos de versão 2.0, com diversos cumes extras. Ao final foram quase 71 km de caminhada, mais de 6200 metros de desnível acumulado em cerca de 50 horas de caminhada e alcançando os cumes:
Pico dos Marins*
Pico do Marinzinho
Pico do Itaguaré*
Alto do Capim Amarelo*
Morro do Melano
Morro do Tartarugão*
Pedra da Mina*
Pico do Avião
Morro do Cupim de Boi
Pico da Cabeça de Touro*
Pico dos Três Estados*
Alto dos Ivos (cume real)
Alto dos Ivos (cume Leste)
entre outros nas "bordas" da trilha das travessias.
Nomes marcados com * indicam pontos que estão na tabela dos Pontos mais altos do Brasil, do anuário estatístico do IBGE.

Só garanto que não é a minha primeira vez nessas travessias e que também não será a última! ;-)

Abaixo o playlist de vídeos feitos durante a travessia e veja também algumas das muitas fotos tiradas nos links Travessia Marins-Itaguaré e Travessia Serra Fina 2.0.

Enviado por Tacio Philip às 13:40:20 de 01/08/2018



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