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05/07/2018 11:36:48 (#583) - Guia de escalada da Pedra do Santuário - Pedra Bela - para download

Dando uma breve pausa em um projeto de livro que devo lançar entre esse e o próximo mês furei a fila com um outro projeto mais rápido e curto, que estava na minha cabeça há um tempo: refazer e lançar um novo guia de escalada de Pedra Bela (Pedra do Santuário) com o croqui atualizado de suas vias de escalada (e que seria disponibilizado gratuitamente em formato pdf para download).

Em 2003 eu havia feito alguns croquis mais simples mostrando as principais vias do local, mas ele estava bem desatualizado (mesmo assim você ainda o encontra para download, sem ser o "meu" lançamento, os desenhos acabaram caindo em "domínio público").

Sendo assim, depois de dois dias intensivos de escalada, um com o Roberto, ex-aluno do meu curso básico de escalada em rocha e outro com a Lorena, escalei praticamente todas as vias da parte superior de Pedra Bela, fotografei as paredes, desenhei os croquis e fui para a parte realmente mais trabalhosa: o trabalho de diagramação no computador.

Mais uma semana se passou e, finalmente, o Guia de escalada: Pedra do Santuário - Pedra Bela - 1ª edição está disponível, em formato pdf, para download gratuito. E esse é um projeto que não termina aqui, outros locais estão na lista de "locais a serem croquizados" e logo haverá novidades (um deles já está em andamento).

E se gostar do guia de escalada e ele foi útil para você, colabore! Acredito que R$ 15,00 sejam um valor justo por esse trabalho e isso me incentivará a mantê-lo atualizado e lançar novos croquis.

Para colaborar com esse projeto use o botão ou o link abaixo.
Colabore!
http://mpago.la/pHxo

Para baixar acesse o link www.climbing.com.br/croqui-pedra-bela.

Enviado por Tacio Philip às 11:36:48 de 05/07/2018



19/06/2018 12:38:07 (#582) - Mais cursos, escaladas, pedais, exposição e novo livro em fase final para lançamento

Faz tempo que não atualizo aqui, mas é porque as últimas semanas foram bem aproveitadas/ocupadas: No último final de semana de abril (dia 28), depois de muito tempo organizei um "safári fotográfico", levando alguns "amigos-ex-alunos" para fotografar por Bragança Paulista (com ênfase no antigo colégio São Luis e no centro com suas praças). Foi uma manhã divertida que acabou com muito bate papo e café em casa, durante a tarde. Inclusive, estou pensando em voltar a organizar esse tipo de saídas, vamos ver... (e, se você for de Bragança ou região, siga e compartilhe com seus amigos a página Fotografia Bragança Paulista).

Além disso, nas últimas semana de maio (19-20 e 26-27) e começo de junho (09 e 10) tive mais três turmas do meu Curso Básico de Escalada em Rocha, turmas 33, 34 e 35, colocando mais diversas pessoas para escalar com segurança e conhecimento (inclusive, estou me "especializando" em cursos para casais, tenho fechado várias turmas para essas "duplas" - estou fazendo os casais a subirem pelas paredes).


Turmas 33, 34 e 35 do Curso Básico de Escalada

Teve ainda, dia 13 de maio, show do Ozzy Osbourne no Allianz Park (como é confortável assistir show em cadeira, acho que já estou muito velho para enfrentar pista, foram mais de 20 anos me espremendo) :-) Eu já tinha assistido o Ozzy com o Black Sabbath e não podia perder um show de sua carreira solo! Algumas fotos estão no link Show Ozzy Osbourne - SP.

Além disso teve algumas escaladas no Visual das Águas, principalmente com o Juvenil (parceiro de escaladas durante a semana) onde tenho ido mais que na 90 graus para treinar (como estou em processo de mudança definitiva para Bragança, já tenho ficado mais lá que em São Paulo e a distância de casa até o Visual é a mesma - e sem trânsito ou farol - que do apto de São Paulo até a 90).

Também dei um curso/coaching fotográfico para o Wagner, parceiro de viagem de pedal, que já tinha uma câmera mas ainda não dominava seus recursos e os conceitos fotográficos. Inclusive, fazia algum tempo que eu não ensinava esses "alicerces" da fotografia e foi um dos melhores cursos que dei, as aulas fluíram muito bem (tanto teórica quanto prática) e deu pra ver a evolução do pensamento fotográfico do aluno. E, como o Wagner aproveitou e passou uns dias em casa, obviamente também saímos para pedalar, de speed, fazendo no sentido contrário um percurso que eu tinha feito de MTB (e me fez pensar que algumas subidas não deviam ser subidas de speed, que sofrimento!). Fizemos "casa" - Piracaia - Joanópolis - Vargem - "casa", 80 km com "um pouquinho" de subida...

E, desde a metade do mês passado, quando soube da futura liberação de subida do Pico da Neblina (com suas muitas limitações e preço proibitivo) comecei a escrever um livro que deve sair no próximo mês, sobre a subida de 31 ddos 35 "pontos mais altos do Brasil", listados no anuário estatístico do IBGE. O livro já está em sua fase final, os textos e as cartas topográficas já estão quase prontos, estou separando algumas fotografias e logo devo lançar (bem que estou pensando em esperar até o final de julho. Mês que vem, se tudo correr bem, poderei adicionar ao livro a repetição de sete desses pontos - além de outros cumes não listados). Mas isso é papo para o mês que vem.

E, fechando a postagem, estou com mais uma exposição em cartaz, desta vez na Secretaria de Cultura e Turismo de Bragança Paulista, com 10 fotos em impressão fotográfica tamanho 40x60cm e tema Anaglifos macro: fotos macro que devem ser observadas com óculos especiais (lentes ciano/vermelha) para dar a impressão de profundidade 3D. Essa exposição já esteve em cartaz, em 2013, mas é a minha primeira expo (de muitas que virão) em Bragança Paulista. Se você for da região, visite! Garanto que vai, no mínimo, achar BEM interessante!

Enviado por Tacio Philip às 12:38:07 de 19/06/2018



25/04/2018 09:44:44 (#581) - Cursos de escalada, pedaladas, escaladas e mais trabalho em trilha

A semana que passou foi "um pouquinho" corrida e atarefada. A agenda começou cheia nos dias 14 e 15 de Abril, com 3 alunos participando da 31ª turma do meu Curso Básico de Escalada em Rocha. A aula teórica foi no Sábado, em Bragança Paulista (desativei definitivamente minha sala de aula em São Paulo), os alunos pernoitaram em casa e, no Domingo, foi dia de muita prática em Pedra Bela.

A segunda-feira pode-se dizer que foi um dia de descanso. Aproveitei para por a casa em ordem, fazer mais frutas desidratadas no meus desidratadores solares e me preparar para o dia seguinte quando, mais dois alunos, começaram a 32ª turma do curso de escalada. A aula também foi em casa, em Bragança, eles também pernoitaram por lá e, na 4ª feira, mais prática em Pedra Bela, agora com o local absolutamente vazio (como é bom dar aulas durante a semana!!!).


Turmas 31 e 32 do Curso Básico de Escalada

O dia seguinte, 5ª feira, eu tinha me prometido deixar para descansar já que, depois de duas turmas de curso quase em seguida, eu já estava ficando "meio quebrado". Só que, como sempre, as coisas não acontecem como se espera e, no começo da tarde, o Juvenil passou em casa e fomos dar uma escaladinha no Visual das Águas (bem que foi muito light, acabei escalando só uma via - e tranquila - e depois dei uma andada para ver o estado das vias dos setores menos frequentados).

Chegou então a sexta-feira, finalmente um dia de descanso. Só que também não foi bem assim: durante o dia, além de cuidar de mais frutas desidratadas e da casa em si, no final da tarde saí para um "pedal light", coisa que não existe em Bragança (não existe "plano" na cidade, só subidas e descidas - e muitas delas bem fortes). Depois de ter passado um belo perrengue em pedal duas semanas atrás, dessa vez saí com lanterna (headlamp), óculos com lente transparente e fui explorar mais um trecho "desconhecido". Bem que o pedal até que foi "light" (pro Padrão Bragança) com pouco mais de 20 km e 500 metros de desnível acumulado (e já vi que tem mais o que explorar para o lado que fui).

Com o final da tarde chegando (e final da luz) cheguei em casa (dessa vez não achei que ia morrer pedalando no escuro), fiz meu jantar e, no dia seguinte, nada de descanso! Já tinha marcado com o Juvenil de irmos, mais uma vez, para Vargem "trabalhar" um pouquinho em uma trilha que reabrimos no ano passado, na Serra do Lopo (leia-se: ir principalmente bater facão em bambus que tinham fechado a trilha). Assim, 9h30 estava na casa do Juvenil e, pouco depois das 10h começávamos nosso "ecoturismo" morro acima (em nossas conversas concordamos que, na região, provavelmente essa é a pior-melhor trilha para quem quer treinar morro acima).



Com o corpo destruído da sequência da semana, no final da tarde cheguei em casa, arrumei a casa, tomei um banho e, em seguida, estrada rumo à Capivari (com direito a uma pausa na Decathlon para pegar uma nova corda de escalada) :-D

O domingo, finalmente, foi de descanso - menos para meu estômago - que teve que trabalhar muito para digerir o churrasco e cerveja, em Piracicaba. Apesar de tudo o dia foi tranquilo até que, à noite, soubemos que o vô da Lorena, que estava internado, havia falecido. Assim, no dia seguinte, 2ª feira, em vez de um dia tranquilo com ida para São Paulo, foi vez de fazer um curto "bate-volta" em Ponta Grossa (PR) - essa frase não ficou muito boa - para velório e enterro. Foram "apenas" uns 900 km de estrada, começando a dirigir às 9h da manhã e chegando de volta em Capivari à 1h da madrugada mas, tirando o cansaço, tudo tranquilo.

Com a merecida noite de sono desmaiei na cama e, em vez de acordar cedo e pegar estrada para São Paulo perto das 10h (como eu planejava), acordei às 10h30 e só saí umas 11h30. Agora o resto da semana será "tranquila". Ontem e hoje colocando em dia os "trabalhos no computador", trocando emails com ex-alunos, tentando fechar a próxima turma de escalada e daqui a pouco ir passear na casa da minha vó.

Que venham mais muitas semanas "tranquilas" como essas (tirando a parte de velórios/enterros) :-P

Enviado por Tacio Philip às 09:44:44 de 25/04/2018



12/04/2018 13:48:32 (#580) - O caminho perigoso que o upcycling está seguindo

Acabo de assistir um programa na GloboNews sobre Upcycling (o antigo "fazer algo útil com o que ia pro lixo") e me inspirei para escrever esse breve texto, com meu ponto de vista, sobre o rumo perigoso que vejo a atividade de reaproveitamento de material seguindo.

Faz tempo que eu reaproveito muitos tipos de materiais/objetos, atualmente tenho até tentado comercializar alguns artesanatos (veja essa pasta) mas, não gosto do caminho "excessivamente gourmetizado" que isso está seguindo.

Para o reaproveitamento fazer sentido, o objeto fabricado não deve ser apenas um "objeto do desejo por estar na moda", que é o que acontece quando o marketing por trás é maior que o produto em si. No meu ponto de vista, o reaproveitamento é uma ideologia de quem acha que dinheiro não nasce em árvore, que é uma estupidez jogar fora o que pode ser aproveitado e que desperdício de material/recursos é um problema real.

Como qualquer produto, mesmo sendo produzido a partir de material reaproveitado, ele tem seu custo de produção e também seu custo agregado de acordo com seu uso (ai entra se é um simples "utilitário" ou também um item de decoração com design diferenciado) mas, ser muito mais caro que algo "novo", apenas pelo fato de ser "material reaproveitado", é apenas um limitador da classe que irá consumir o produto (leia-se: feito para o pessoal que compra o objeto em feira cult de upcycling para poder postar a foto no instagram usando seu iphone trocado a cada 6 meses).

Para o reaproveitamento fazer sentido e ser adotado como um "procedimento para evitar geração de lixo e desperdício de energia", ele deve ser acessível à todos, deve ser mais vantajoso para o cliente que algo novo. E não estou dizendo que algo com um design diferente e história não devam ser valorizados (assim como deve ser valorizado em todas situações) mas, vender apenas a "ideia" sem a real vantagem é apenas alimentar um sistema que já existe (além disso, vejo os produtos como um objeto feito por um artesão, não uma obra feita por um artista).

Com essa gourmetização, pelas "leis do mercado de procura e oferta", logo será mais caro obter o material usado (algumas vezes já é) que a matéria prima para fazer algo novo. Ai cada vez mais o "reaproveitado" será mais caro e, no final, só vai ficar o "up" e fim do sentido real do "cycle".

Nessa foto uma mesa, feita pela Lorena e eu, com 3 pallets achados nas ruas, um tampo de vidro temperado que achamos para vender já no tamanho que "servia" para nossa ideia, cadeiras que seriam descartadas e, só para aumentar o custo e ter algo novo: uma barra rosqueada de aço de 1/2" e algumas porcas usadas para fixação. ;-)

Enviado por Tacio Philip às 13:48:32 de 12/04/2018



06/04/2018 22:31:25 (#579) - Passando um pouquinho de estresse no trecho final de um pedal e outros pensamentos...

Ia postar só algum relato curto no FB (siga minha página em www.fb.com/tacio.com.br) mas, em vez disso, resolvi escrever algo mais completo, com mais pensamentos relacionados (ou não), usando o notebook (bem melhor de digitar que no tablet) e, depois, testar o roteamento do 3G do tablet para, finalmente, publicar na minha página (nessas horas é bom ter programado o meu site e a página para nova postagem ser um formulário simples, com apenas 3 campos e nada de frescura para deixá-la pesada). Assim, quem se interessar no que eu escrevo realmente poderá ler e a maioria poderá fazer seu papel curtindo o link no FB se sequer abrí-lo :-P

Desde ontem, depois de ter me "animado" muito tirando sangue de manhã (odeio isso mas sobrevivi) e, no final da tarde, tendo visto que o nível de TSH no sangue (indício da minha tireoide indo para o saco) estava pior que no exame anterior, o que ajuda também, e literalmente, a abaixar o meu "ânimo" com tudo - hoje mesmo li dois artigos que relacionam hipotiroidismo com depressão, decidi que precisava pedalar um pouco.

Sendo assim acordei mas, como já era tarde (depois das 9h e o Sol já fritava o que aparecia no seu caminho - o que foi bom para colocar frutas para desidratar no desidratador solar), deixei o pedal para o final da tarde. O dia passou "normal", a tarde chegou, tomei meu café, arrumei a bike, me arrumei e, por volta das 16h saí, sem destino definido, de mountain bike (não pedalava com ela desde setembro do ano passado).

Logo no início decidi (mais ou menos) para que lado ir, parei depois de uns 2 km para dar uma fuçada no freio, para ele parar de chiar e fui seguindo meu caminho. Até aí tudo bem mas, como uma vez ouvi uma definição de "fé" que dizia ser "uma crença irracional em algo impossível de acontecer" (Bones), eu tenho muita fé que, um dia, eu sairei em um pedal de MTB e não me sentirei a curiosidade de saber "onde essa estrada vai sair" mas, assim foi. Tinha rodado menos de 20 km, estava em uma estrada asfaltada que sabia que, se continuasse, sairia na D. Pedro mas, ao meu lado direito, depois de uma descida apareceu ela, uma saída de terra batida, no meio do nada, que seguia para algum lugar que eu tinha que saber onde. E assim foi, em vez de continuar meu pedal por onde conhecia, fiz esse desvio.

No começo foi tudo bem, a estrada era de terra batida muito boa e com marcas de passagem de carros. Logo passei por algumas casas, alguns cachorros tentaram me morder (na volta um deles conseguiu dar uma mordida na sapatilha) mas, a medida que eu descia o vale a estrada ia fechando e piorando. Só que, como eu estava lá, "tinha" que continuar.

Fui seguindo (para baixo), passei as últimas casas, a estrada estreitou mais e logo cheguei em uma carvoaria (leia-se vários fornos para queimar eucalipto no meio do nada). De lá a estrada não continuava mas, é claro, pouco antes tinha outro desvio! Esse sim (quem sabe?) me levaria a cruzar a serra e funcionaria como atalho me levando até alguma estrada já próxima de casa.

Fui seguindo a estradinha (cada vez pior) e, agora, subindo bem forte. No chão só via marcas de roda de caminhão até que, quase na crista do morro, ela acabou no meio de pilhas de eucaliptos recém cortados. Mas quem disse que ali era o fim? Subindo mais uns metros, empurrando a bike, eu poderia achar uma outra estrada batida que desceria do outro lado do morro e me levaria, pelo "atalho", até em casa. Mas, novamente, isso não aconteceu e tive que virar, empurrar mais um pouco a bike (agora para baixo) até poder voltar a descer pedalando.

Até aí tudo bem, isso já aconteceu comigo dezenas de vezes nos pedais "exploratórios" por aqui. O problema, e esse real, era o horário. Quando comecei a descer, ao lado dos eucaliptos cortados, já era 18h e o Sol já tinha sumido no horizonte (e não, eu não tinha levado uma headlamp, nem lanterna para bike e sabia que isso seria um problema porque ainda faltavam uns 20 km pra volta).

Fui descendo a pirambeira, sai do lado da carvoaria, comecei a subir, passei pelos cachorros, pelas casas, a estrada melhorou e, já com as últimas luzes do dia, cheguei de volta à estrada asfaltada. Sem perder tempo continuei pedalando (havia decidido que o melhor seria voltar exatamente por onde eu tinha ido - não era o mais curto mas era o com menos morros no caminho) e logo tive que tirar os óculos de Sol e deixá-lo pendurado no pescoço.

Essa hora eu já sabia que a volta seria ruim. E foi ruim. No começo foi "só" pedalar em estrada (pouco movimentada) de asfalto com a última luz do dia. Mas pirou. Poucos km depois a estrada volta a ser de terra e tinha escurecido mais. Onde dava eu ainda puxava no pedal (eu sabia que a volta seria longa e quanto mais demorasse, pior) e, quando passava algum carro, dava ainda um sprint para aproveitar alguns segundos de seu farol que me ajudava a ver alguma coisa no chão (principalmente os infinitos buracos).

Mas ainda estava tudo bem! Logo escureceu mais e a estrada tinha trechos fechados onde não passava nada de luz, me deixando literalmente cego (realmente em alguns trechos eu não enxergava absolutamente nada! Pela memória dos últimos segundos que eu tinha enxergado eu ia seguindo reto, na esperança de não cair em alguma vala). Mas isso não é tudo! Mesmo passando em trechos sem enxergar nada e a 5 km/h eu sabia que, mais pra frente, teria o que eu achava que seria o "crux" do retorno: um trecho em descida em pedras - e não cascalho, chão de pedras mesmo com degraus do tamanho de degraus e pedras do tamanho de paralelepípedos soltos.

Só que, em um momento de felicidade, pouco antes de chegar a esse trecho um Gol me ultrapassa, fazendo com que eu desse mais um sprint para aproveitar seu farol. E funcionou! Como a estrada é bem ruim ele diminuiu o suficiente para eu conseguir o alcançar e fui seguindo, quase colado no seu para-choque, aproveitando que ele via por onde passar. Em um trecho, vendo que ele estava devagar demais até para os meus padrões, o ultrapassei, aproveitei mais ainda o farol que iluminava o caminho em frente e logo cheguei em casas que iluminavam (pelo menos um pouco) a rua.

Essa hora eu achava que tinha passado o pior mas, como sempre, ainda pioraria bastante. Fui seguindo mais alguns km no escuro da estrada de terra (sempre que passava algum carro aproveitava o farol e dava um sprint - o que começou a me dar ameaças de caimbras) mas fui seguindo (lentamente) meu caminho até, finalmente, sair na rodovia que me levaria até em casa.

Ai, naquele momento que tudo poderia melhorar eu sabia que seria o pior. É uma rodovia simples, uma faixa indo e uma voltando, sem acostamento e sem iluminação. Nessa hora cheguei a pensar que poderia acabar aparecendo nas notícias dos jornais de Bragança no dia seguinte (e não na parte de boas notícias) mas, fazer o que? Esperar até o dia seguinte não era uma opção.

Logo que um carro passou e pude ver exatamente onde a estrada estava acelerei o ritmo (sempre aproveitando o farol alheio) e segui, mas logo ele se afastou. Pela diferença de tons de sombra me mantinha na estrada e ficava feliz (ou não) quando aparecia algum carro. Quando o carro vinha atrás de mim era bom porque iluminava meu caminho (mas eu achava que ele passaria por cima de mim porque eu não tinha nenhuma iluminação na bike) e quando o carro vinha na outra mão me indicava o caminho a seguir, até que iluminando bem a estrada mas, assim que ele passava, era blackout total (várias vezes, depois do carro passar na pista contrária, diminui até quase parar - e não sabia se estava na minha faixa, na contra mão, ou perto do acostamento - e a estrada ainda tem curvas, subidas e descidas para "facilitar"...).

Mas, felizmente, esses "poucos mas intermináveis" 2 ou 3 km ficaram para trás e logo cheguei em um trecho mais urbano, com luzes, podendo então respirar um pouco e pensar que talvez eu não aparecesse nos jornais do dia seguinte.

De lá mais 1 km e, finalmente, estava na saída do bairro, de volta à estrada de terra, sem luz alguma mas, inteiro e perto de casa. Mais um pouquinho de pedal e mais algumas quase quedas (eu seguia bem pelo meio da rua, mesmo sabendo que era ruim e com pedras porque o trecho onde passam as rodas do carros, e é melhor, ficava próximo demais da canaleta de erosão na lateral da rua e eu não queria mergulhar nela). Subi os dois quarteirões, peguei a saída da minha rua sem enxergar nada e mirei na luz que eu via uns 100 metros adiante, na frente da casa de um vizinho. De lá mirei a luz seguinte e, finalmente, cruzei uma última rua e cheguei ao meu quarteirão (que tem iluminação) e em casa, às 19h30, muito estressado (realmente a volta me estressou, acho que principalmente o trecho final de estrada) mas inteiro (apesar de destruído de dor no pulso e pernas)!

Em casa um pré-descanso (não estava em condições de fazer nada), depois o merecido banho, o merecido jantar com uma boa cerveja e agora pegar o note para escrever esse "curto" relato. Só tenho uma certeza: posso até me enfiar em ruas ruins no próximo pedal mas, se eu sair à tarde, levarei a headlamp!

E, antes de fechar a postagem e voltando um pouco ao tema citado no começo (hipotiroidismo), sempre fui da opinião que é importante "ouvir" o que o corpo quer. Sendo o cérebro responsável por comandá-lo e, certamente, entendê-lo melhor que a nossa super limitada consciência (que é apenas uma parte que nos dá um limitado acesso ao nosso corpo e pensamento), será que essa minha "escolha" de horário para sair, não levar uma lanterna e itinerário que "eu sabia que ia dar m&rd@" foi uma escolha consciente até que ponto? Vários estudos já comprovaram que, quando você tem a consciência de uma escolha (quando você "pensa" que fez a escolha), seu cérebro já "iluminou" a área de escolha há cerca de meio segundo. Então, sua "escolha", muitas vezes, foi algo definido biologicamente antes de você ponderá-la (recomendo os livros "Incognito" e "Subliminar", não lembro o nome dos autores mas o google resolve isso, é só procurar).

Então, se meu cérebro decidiu me colocar nessa roubada estressante e, havendo uma relação direta entre o hipotiroidismo subclínico (meu caso) com a depressão (também meu caso). Como a liberação de serotoninas está também relacionada à adrenalina e estresse (principalmente depois do estresse passar), será que a "escolha" não foi uma maneira do meu corpo tentar, mais uma vez, se autorregular?

Acho que hoje vai ser mais uma noite que demorarei para dormir porque o pensamento não para... :-)

Obs: o 3G roteado funcionou ;-)

Enviado por Tacio Philip às 22:31:25 de 06/04/2018



03/04/2018 20:31:19 (#578) - Se você sonha escalar uma montanha não busque atalhos, evolua!

Mesmo sendo a minha página www.climbing.com.br uma das minhas fontes de renda, através dos meus cursos de escalada, isso não faz com que eu seja menos montanhista/escalador e me importe menos com as montanhas e o impacto que as pessoas causam à ela.

Acho um absurdo a quantidade de pessoas despreparadas que tem frequentado o ambiente de montanha, muitas vezes guiadas por pessoas que deviam se importar com o ambiente e que, de uma maneira bem negativa, vão deixado sua "marca" no local.

Eu não sou contra acesso à montanha, muito pelo contrário, sou totalmente a favor do livre acesso para todo montanhista/escalador, sem burocracias, sem limitações e sem essa tentativa atual de "ecoturismar" o montanhismo, fazendo com que muitas trilhas virem estradas e proibindo o acesso a trilhas menos conhecidas ou inexistentes. Entretanto, sou contra o acesso irrestrito e fácil para quem não tem experiência para tal e que as punições para quem o prejudicar, seja um iniciante ou alguém com experiência, sejam realmente rígidas.


Trânsito de pessoas, em trilha com degraus de metal, em uma famosa travessia

Inclusive, esse é um dos motivos de eu oferecer CURSOS de escalada onde, espero eu, mostro aos meus alunos, além da técnica, como respeitar e ajudar o local e as pessoas relacionadas, ou seja, como agir eticamente de modo a não prejudicar o ambiente e ainda levar algum benefício à região e sua população local.

Também não sou contra a contratação de guia mas, nesses casos, acho que devia realmente haver regras rígidas limitando a quantidade de pessoas nos grupos, o número de grupos e as taxando devidamente já que são operações comerciais que, normalmente, só estão preocupadas com uma coisa: o dinheiro que o cliente está pagando.

Se você tem o sonho de escalar uma montanha não vá até ela com um guia. Você não estará realizando seu sonho, só estará sendo carregado até o cume. Em vez disso, como diz o ditado: "comece pelo começo". Faça caminhadas mais simples, escaladas mais simples, montanhas mais simples, ganhe experiência, segurança, independência e, quando sentir que está preparado, realize o seu sonho com suas próprias capacidades, valorize o que conquista, não busque um atalho fácil só para "dizer que fez" e para postar uma foto nas redes sociais. Faça a experiência da evolução e conhecimento ser significativa, não apenas uma medalha para exibir no pescoço.

Esse meu modo de pensar, inclusive, é o responsável por eu não guiar pessoas em trilhas ou escaladas (e muita gente já tentou me contratar para isso - mas já dei dica e incentivei muita gente que conseguiu, com o tempo, realizar seus sonhos e ter suas conquistas por mérito próprio).

O meu respeito pelas montanhas é maior que a necessidade de alguém chegar ao cume e não consigo me ver na posição de "arrastar pessoas pela trilha à qualquer custo".

Enviado por Tacio Philip às 20:31:19 de 03/04/2018



20/03/2018 21:55:27 (#577) - Apartamento à venda na Vila Moraes - Rua Simão Lopes - 3 dormitórios

Apartamento à venda na Rua Simão Lopes 1504, a 3 quarteirões da Av. do Cursino - venda direta com o proprietário (apartamento desocupado pronto para morar).
Apenas R$ 255 R$ 235 mil (negocio propostas e aceito financiamento)
Entre em contato para marcar uma visita ou com sua proposta.

Veja neste link fotos do apartamento.

Características do imóvel:
- 3 dormitórios (1 pode ser usado como escritório/home office);
- 2 banheiros;
- cozinha ampla;
- sala com espaço para 2 ambientes;
- 1 vaga demarcada no estacionamento (que pode ser vista da janela do apto);
- prédio com portaria e segurança 24h;
- playground;
- salão de festas;
- prédio com 13 andares;
- 2 elevadores;
- Valor do condomínio: R$ 430,00;
- Valor para venda: R$ 255 R$ 235 mil (negocio propostas e aceito financiamentos!)

Próximo da Av Cursino (apenas 3 quarteirões) onde tem transporte fácil para estações de metrô Saúde, Praça da Árvore (linha azul), Alto do Ipiranga (linha verde), terminais Sacomã, Parque Dom Pedro, fácil acesso à rodovias do Imigrantes, Anchieta. Fora da área de rodízio da cidade e com facilidade de acesso.

Localização no google maps:
(Rua Simão Lopes 1504)

Bairro residencial com toda comodidade bem próxima (padarias, mercados, shopping, comércio em geral).

Motivo da venda: mudança de cidade.

Negociamos troca por apto em Bragança Paulista (preferência por apto próximo à USF ou Jd. do Lago).

Veja neste link fotos do apartamento.

Entre em contato para marcar uma visita.

Enviado por Tacio Philip às 21:55:27 de 20/03/2018



13/12/2017 18:27:30 (#576) - Pensamentos durante um pedal na cidade por quem não costuma mais pedalar em São Paulo

Hoje à tarde saí para comprar ingressos para um show e, como não tenho paciência alguma para usar o carro em São Paulo, como sempre costumo fazer quando preciso sair para resolver algo pela cidade, fui de bike.

Saí de casa (região da Cursino) perto da 14h20, peguei a Miguel Stefano, um trecho da Bandeirantes, subi para a Indianópolis, desci e entrei na Ibirapuera, segui pela Vereador José Diniz e desci a João Dias até pegar umas quebradinhas (uns 3 quarteirões) e chegar no meu destino, o Citibank Hall. Esse trajeto deu 16.9 km e demorou pouco menos de 1h (uns 45 min de pedal, o resto foi parado em faróis).

Durante a ida não peguei 1 trecho sequer de ciclovia/rota/faixa/etc. - por opção e por não saber o que tem para aquele lado, acho que fazia uns 10 anos que não passava por lá e, inclusive, brotaram várias ruas novas e estações de metrô no caminho (tanto de ida quanto na volta).

Na volta segui pela João Dias, Sto Amaro, peguei um trecho de pouco mais de 1 km de ciclovia, na Hélio Pelegrini, até a República do Líbano, entrei no Parque Ibirapuera, dei uma volta completa, sai para a República do Líbano e Indianópolis, subi para a Jabaquara, peguei um trecho de ciclovia entre o metrô São Judas e Saúde, desci perto do metrô Saúde, Abraão de Moraes, entrada da Bandeirantes, Miguel Stefano e casa.

Agora as conclusões: por não saber se teriam ciclovias emendadas e, por não querer ficar fazendo zig-zag e levar 3 horas para chegar ao meu destino, eu optei por ir pelas avenidas principais, muitas que, eu mesmo considero "impedaláveis", como a Santo Amaro, João Dias, Ibirapuera etc., por causa da quantidade de carros e faixas estreitas. Entretanto, percebi algo estranho: durante quase todo o percurso, me senti apenas "invisível" (o que já é um avanço se comparado com se sentir um "alvo" que os motoristas querem acertar ou, pelo menos, xingar ou passar tirando fina para "te educar que rua é lugar de carro").

Com certeza, deve ter carro que passou do meu lado tirando fina (mas nem dei atenção já que eu tirei muito mais fina de carros enquanto passava pelo corredor, em trechos de trânsito totalmente parado - essas horas o guidão estreito da bike speed é muito bom) e, assombrosamente, não recebi (que eu tenha ouvido) nenhuma buzinada ou xingamento - mas, também não banquei o babaca: em trechos onde a faixa ficava estreita e o trânsito fluía eu puxava bem o ritmo, para não segurar quem estivesse atrás de mim - dei uns tiros que fizeram a perna queimar, principalmente na volta pela Santo Amaro!).

Não sei se, por estar andando em um ritmo forte, no meio dos carros e sem atrapalhar o trânsito (pelo menos na metade do pedalado eu andava no ritmo ou mais rápido que os carros) os motoristas simplesmente "não me viam" ou simplesmente ignoravam. Diferente de quando você está devagar, em ritmo de passeio, atrapalhando o trânsito ou até, quando você está em uma ciclovia na lateral da pista e o motorista te vê passando e olha com aquele olhar de ódio, provavelmente pensando que ele não estaria parado no trânsito se ali fosse mais uma faixa para carros.

Outra diferença que notei foi, certamente, causada pelo fato de eu já estar morando fora de São Paulo durante mais da metade da semana (e sempre pedalando pelo interior): sabe quando você sai para resolver algo pela cidade, de bike, e fica com aquela vontade de dar uma boa esticada no pedal só por lazer e aumentar a quilometragem? É, não senti essa vontade. Ta certo que estiquei um pouquinho, só para dar, pelo menos, 40 km (se eu só tivesse ido e voltado teria dado uns 36 km) mas, eu só vi esse pedal como "ir comprar ingresso e voltar", sem vontade alguma de "passear" pela cidade - essa cidade é realmente "anti-pessoas" se você não estiver escondido dentro de uma armadura.

Outra coisa interessante que notei foi, por não ir por ciclovias e ser um horário no "meio" da tarde, não cruzei com outros ciclistas (e certamente também pela minha escolha de caminho "ótimo" para pedalar). Tirando quando dei uma volta dentro do Parque do Ibirapuera (e logo fugi daquela natureza-artificial), não vi família pedalando, não vi bike courier passando, não vi gente de fixa desfilando, não vi hipster de dobrável ou elétrica indo/voltando do trabalho e nem maloqueiro empinando na contra-mão. Acho que, por isso, me senti também tão invisível (e ignorado) entre os carros - o que foi bom, nem taxista, nem motoboy tentaram me atropelar!

Mas foi interessante. Mais uma vez pedalei na cidade, pelas ruas - onde tenho todo o direito de estar - não fui morto, não matei ninguém, não furou nenhum pneu, fiz o que tinha que fazer sem ficar preso dentro de um carro e pronto. Tudo resolvido.

Ao final, foram 41.6 km, 1h57 de pedal (sem contar as paradas em farol, no total foram quase 3 horas na rua) e uma média de 21.3 km/h, boa para um pedal pela cidade (ah! e máxima de 51.7 km/h, ou seja, como não peguei nenhuma via expressa, ultrapassei a velocidade máxima permitida) :-P

Enviado por Tacio Philip às 18:27:30 de 13/12/2017



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