Quando você vai a um festival de bandas você (normalmente!) sabe quais bandas irão tocar e, muitas vezes, mesmo que não saiba o horário exato, sabe pelo menos "mais ou menos" a hora que as bandas do seu interesse entrarão no palco.
Agora, imagine você receber uma propaganda por email, ver uma propaganda nas redes sociais, ver outras propagandas em sites de música dizendo que "às x horas terá um show de y". Logo conclui-se que "às x horas terá um show de y", não? Mas não foi bem assim que aconteceu...
Em uma "trollagem" (termo moderno que não existia na época que eu ia nos Monsters of Rock ? e estou falando do final da década de 90, não os mais "recentes" há 10 anos), uma piada que só não foi pior que o festival Metal Open Air (lembra disso?) foi a Live do Iron Maiden anunciada pelo "Download TV", canal no youtube relacionado aos festivais Download Festival.
Tudo bem eles quererem divulgar várias bandas. Tudo bem muitas pessoas gostarem de muitas bandas. Mas para que essa "trollagem" com o público tendo divulgado que, às 15 h (horário de Brasília), teria uma "Live do Iron Maiden", se na realidade foi uma alternância entre entrevistas, "blá blá blás" e algumas músicas pescadas de mais de uma dezena de bandas?
Quando eu já havia sido fisgado por eles (sabia que o termo Trollagem vem disso, não do Troll mitológico?) busquei no site deles e descobri a verdade. Era realmente um "live festival" e, lá no final, bem no final do lineup, teria Iron Maiden.
Mas como diriam as propagandas do grupo imagem: "mas não é só isso!". O festival começou com o Iron Maiden. Mostraram um vídeo clipe (não, desculpe quem acreditou nisso, mas não era um show) com a "The Clairvoyant" em playback (só eu achei que essa "música ao vivo" da década de 80 estava muito "parecida" com o CD?). Ai depois entrou uma banda, outra banda, outra banda (nada contra, gosto pessoal é gosto pessoal, mas eu tinha acessado para assistir Maiden), sempre intercalado com as entrevistas, ai no "meio do caminho" teve, esse sim em um show do Iron Maiden, a "The Reincarnation of Benjamin Breeg" e, muito depois, já depois de eu ter gravado o vídeo abaixo, editado, enviado para o youtube e publicado, às 18h44 começou a tão esperada "Live do Iron Maiden".
Mas calma aí! Não acabou!!! Não foi um show! Foram "meia dúzia" (não contei exatamente) de músicas sorteadas de anos diferentes do Download Festival e, quando menos esperava, acabou! Sim! Às 19h40, menos de uma hora depois, tinha acabado o "show"!!!
Eu curto muito Iron Maiden, ouço desde a metade final da década de 80, já fui a dezenas de show, já "tietei", tenho coleção de "tranqueiras" relacionadas a banda e sim, curti o micro-show, mas que foi uma "puta de uma falta de sacanagem", isso foi! Eu também curto Metallica (um pouco menos que Iron Maiden, mesmo assim ainda bastante) e nesse quesito, mais uma vez, o Metallica com suas Monday Lives está de 7... 8... 9... (sei lá quantos shows inteiros eles já apresentaram) a 0 (ZERO!) em relação ao Maiden.
Mas é isso aí, fã é fã e mesmo com propaganda enganosa, demorando para começar e sendo só uma "rapidinha", ainda assim o minúsculo setlist deste festival de espera que não havia sido divulgado como festival foi bom enquanto durou!
UP THE IRONS!!!
Enviado por Tacio Philip às 10:10:13 de 14/06/2020
Logo atrás da pandemia do coronavírus vem a recessão e ela já me pegou, cancelando vários dos meus trabalhos presenciais como turmas de cursos de escalada (inviável juntar pessoas e realizar uma atividade outdoor) e sessões de fotografias de produtos (não tem como trazerem para mim os produtos para serem fotografados).
Sendo assim, como todas as pessoas eu também preciso comer e pagar minhas contas (afinal, os boletos não são afetados pelo coronavírus e continuam circulando normalmente), além de ter uma família de gatos para sustentar aqui em casa.
Atualmente as únicas fontes de renda que continuo conseguindo manter (mesmo assim muitas caíram bastante porque as pessoas não querem gastar - e eu entendo) são a venda de fotos em bancos de imagens, vendas de fotografias para decoração de ambientes (veja este link e este link), a venda dos livros que eu publiquei e, principalmente, meus Vídeo Cursos que, pela minha "formação e interesses multidisciplinares", são bem variados em seus temas.
Sendo assim, se você puder me ajudar se inscrevendo em algum dos meus vídeo curso ou divulgando para possíveis interessados, agradeço! E também aceito doação de ração para meus gatos e faço alguns artesanatos, na maior parte com madeira, saiba mais e siga minha Página no Facebook!
Abaixo uma lista com um resumo do porquê eu ter lançado cada vídeo curso e o que abordo neles (nos links tem informações mais detalhadas e como se inscrever).
O tema fotográfico que mais me dediquei e me especializei nas últimas duas décadas é a macrofotografia e close-up, tendo lançado em 2012 o primeiro livro brasileiro sobre o tema e também a Revista macrofotografia, primeira revista especializada no tema que teve três edições (veja meu currículo fotográfico).
Além disso, tenho pós-graduação em fotografia pelo Senac e dou cursos de fotografia, principalmente macro, literalmente desde o século passado.
Há alguns anos, vendo o crescimento do ensino a distância e para resolver o "problema" das pessoas que não podiam fazer meus cursos de macrofotografia presenciais lancei essa versão online, em vídeo aulas, onde ensino tudo que eu ensinava nos cursos presenciais (em alguns pontos até mais e mais aprofundado), com o aluno podendo assistir as aulas de onde estiver e quantas vezes quiser.
Outro tema que eu sempre gostei de estudar foi o ajuste de imagens com o Photoshop, de modo a conseguir extrair o máximo dos arquivos digitais.
Pensando nisso, há alguns anos lancei também este Vídeo Curso com aulas 100% práticas, usando fotografias reais, mostrando todo o processo de ajuste de imagens desde a abertura do arquivo, ajuste de cores, contraste, nitidez, assinatura e redimensionamento para que a imagem seja salva tanto para saída digital (postar em sites, redes sociais, lojas online) quanto em papel (impressão fotográfica).
Assumo que este foi um dos cursos que mais gostei de produzir!
Desde que eu comecei a praticar atividades outdoor, principalmente montanhismo, de uma maneira mais séria eu comecei a usar aparelhos GPS para ajudar na minha navegação e mapeamentos (veja meu currículo de montanha).
Definições waypoint, track e rota
Com o tempo, depois de carregar alguns anos de experiência com os aparelhos GPS Garmin eu comecei a dar aulas e acontecia o mesmo problema que meu curso de macrofotografia: algumas pessoas não podiam (ou não conseguiam) se deslocar até São Paulo para os cursos presenciais, então também o lancei no formato de vídeo aulas.
Como calcular área a partir de perímetro percorrido com GPS - como converter caminho em polígono no Google Earth
Este curso ensina desde os conceitos dos termos usados no mundo do GPS, como usar e configurar algumas funções do seu aparelho, mas o mais importante é o que o manual realmente não ensina: como planejar roteiros, como fazer integração de dados GPS com carta topográfica e Google Earth, onde baixar arquivos, mapas para atualizar, alertas de radares e até algumas funções profissionais como cálculo de área.
Para quem não sabe, eu venho da área de exatas (sou técnico, bacharel e licenciado em Química além de meio bacharel em física) e no colegial técnico comecei a usar as calculadoras hp, na época começando com uma 32SII e logo depois com uma gráfica hp 48g.
Me interessei bastante pela calculadora, fui me aprofundando e, em 1997, quando entrei na USP (bacharelado em física) comecei a ver na prática algumas coisas que eu sabia resolver na calculadora, mas não entendia ainda o que significavam e seu uso (principalmente cálculo integral, vetores etc.).
Juntando tudo isso comecei a dar aula das hp 48G/GX em uma autorizada hp em São Paulo (a antiga J.Heger) e logo depois fundei o hpclub do Brasil e comecei a dar cursos de forma independente, principalmente para alunos de engenharia. Por muitos anos vivi de turmas de cursos de calculadoras hp (passando da 48g/g+/gx para 49g, depois 49g+ e 48gii até chegar na hp 50g).
Com o tempo acabei parando os cursos presenciais e ai então lancei o meu curso operacional hp 50g no formato de vídeo curso, contendo todo o conteúdo que ensinava em sala de aula (em alguns pontos mais aprofundado e com mais exemplos), além da possibilidade do aluno poder assistir as aulas mais de uma vez. E lancei também o livro Decifrando a calculadora hp 50g.
Com o passar do tempo, mesmo já usando apenas as calculadoras hp como "hobbie", a hp lançou um novo modelo, a hp Prime e logo começaram a me pedir que eu lançasse um curso sobre ela, e foi o que fiz, no mesmo formato do Vídeo Curso hp 50g, podendo assim continuar ensinando o uso das calculadoras hp Prime para pessoas em todo o Brasil.
Acho que é "só". E passando essa longa fase que vamos enfrentar se inscreva também nos meus cursos presenciais. Por enquanto não esqueça de se inscrever nos vídeo cursos e compartilhar com seus amigos!
Enviado por Tacio Philip às 15:56:05 de 09/05/2020
Além disso, teve passeio em São Paulo, em Capivari, remada de caiaque na represa, trabalho na casa e muito trabalho no cuidado de gatos já que, nos últimos 2 meses, o número deles subiu de dois para oito em casa (e também aproveitei setembro para completar minha 42a. volta ao redor do Sol, de carona, montado no planeta Terra).
Mês passado teve também show do Oswaldo Montenegro, que a Lorena gosta bastante, aqui em Bragança Paulista, na Casa de Cultura. Eu só conhecia uma música dele (pelo menos que eu me lembrava) e o show foi muito bom, melhor que algumas bandas de "rock" que já assisti ao vivo.
E, como não poderia deixar passar, no final de semana passado teve também show do Iron Maiden, em São Paulo (estádio do Morumbi). Não sei mais quantos shows do Iron eu assisti (certamente mais de uma dúzia) e sempre é bom! Como único diferencial, indicando a idade e a preguiça, foi a primeira vez que assisti Iron sem estar na pista, aproveitando todo o "conforto" da cadeira do estádio (e também economizando bastante já que o valor dos ingressos para shows estão ridiculamente caros).
De um lado, pessoas que falam que o conhecimento científico não é divulgado e a população não tem acesso. De outro pessoas que mesmo com o pouco acesso à ciência real insistem em suas "opiniões" sem fundamento.
Pensando já nos extremos, não adianta um cientista querer compartilhar e conversar sobre sua pesquisa com a população comum, seria totalmente perda de um tempo que pode ser investido em sua pesquisa para avanços no mundo. A população comum no máximo vai ouvir e rebater com sua "opinião", com o que "acha" verdadeiro a partir de sua experiência pessoal e aprendido de outros como ele em vídeos de youtube.
É uma total perda de tempo querer explicar algo baseado em fatos, em medições independentes dos fracos receptores humanos de dados (leia-se: algo medido com aparelhos e independente do "achismo" humano com sua visão, audição etc. limitados) para alguém que se limita a suas sensações para querer explicar o funcionamento de tudo.
Foi-se o tempo onde se media um tronco com passos e uma área "até onde a vista alcança".
No fundo, no fundo, é muito melhor termos os cientistas "fechados em suas bolhas" trabalhando e fazendo com que suas descobertas cheguem às mãos da população no formato de algo que funciona, mas não importa como, do que perderem seu tempo querendo convencer quem só quer acreditar e não está disposto a analisar dados para chegar a alguma conclusão.
Existem ainda muitos cientistas que TAMBÉM trabalham com divulgação científica e com isso acabam instigando outros para suas áreas, o que é ótimo (vide Carl Sagan, Stephen Hawking etc. que foram parte do meu incentivo para fazer técnico em química, entrar em uma faculdade em bacharelado em física e depois me formar em química - ou até mais recentemente Neil de Grasse, Michio Kaku, entre muitos outros, que seguem a mesma linha), mesmo assim essa divulgação não é "física de verdade", é só uma interpretação filosófica sobre a física, um modo "apaixonante" de ver o tema, não são as tabelas, fórmulas e gráficos comprovando suas pesquisas (o que não adiantaria mostrar para quem sequer aceitaria que 1+1=2 como "prova").
Muito mais importante o tempo investido em uma pesquisa sobre vacinas do que tentar convencer alguém que vacinas não causam autismo. Muito mais importante estudar o clima do que convencer alguém que efeito estufa não é mentira. E ainda, de uma maneira prática para o dia-a-dia, muito mais importante estudar relatividade para os relógios de satélites GPS terem suas devidas correções do discutir isso para a população. Mais importante estudar quântica e matemática dos números complexos para termos eletrônicos funcionando do que discutir isso com a população. Nesse caso podemos pensar que o fim justifica os meios e atrasos seriam só atrasos.
E, de uma maneira prática, não sou cientista, mas já estudei um pouco (e continuo estudando) e não vale a pena perder tempo "conversando" sobre dados com quem acha sua "sensação" ou conclusão de um youtuber mais importante. E esse pessoal ainda se vangloria de bater no peito dizendo "é minha opinião".
Para esses casos o banir da página é uma maravilha (se você não quer conversar de uma maneira sadia e baseado em dados, se limite a deixar sua curtida nas fotos que posto dos meus gatos) e, como disse Nietzsche:
"Conservar-se longe, separados de tudo aquilo que obrigaria sempre a responder "Não"! Isso em razão do fato de que o dispêndio defensivo, em matéria de energia, por pequeno que seja, sempre se torna uma regra, um hábito, produzindo um depauperamento extraordinário e sobremodo supérfluo. Os nossos grandes dispêndios são apenas a soma repetida dos pequenos desgastes. A nossa defesa individual contra as aproximações alheias constitui também um dispêndio - não tenhamos ilusões-; é uma força dissipada com escopos negativos."
(Ecce Homo, Nietzsche)
Enviado por Tacio Philip às 12:12:50 de 18/09/2019
Na sexta-feira passada, aproveitando a folga do Juvenil pegamos a estrada e seguimos rumo Córrego do Bom Jesus, subindo de carro até quase o topo da Pedra de São Domingos, que eu havia tentado escalar há literalmente mais de uma década, em uma época que não existia uma boa trilha de acesso às bases das vias e, como ainda pouca gente escalava por lá, as vias (que eram também poucas) pareciam "acarpetadas" de tanto musgo, o que fez com que a tentativa anterior não desse muito certo (lembro que rapelamos duas enfiadas de uma das vias e praticamente subimos de "batman" porque era impossível escalar no musgo).
Mas o tempo foi passando, desde o ano passado tenho visto que muita gente tem ido lá escalar e que tem várias vias novas, o que chamou minha atenção. Sendo assim, esse ano, finalmente, voltei por lá, neste Pico que é o primeiro acima de 2000 metros de altitude no Sul da Serra da Mantiqueira (2050 m de altitude) e razoavelmente perto de casa, quase 100 km.
Saímos de Bragança e, depois de um trecho tranquilo de asfalto e um (como antes) trecho ruim de terra (e pior quando calçado chegando ao topo), por volta do meio dia estacionamos o carro, pegamos nossos equipamentos e começamos a descer pela trilha que vai circundando a pedra, aproveitando para mapeá-la no GPS, reconhecer e marcar também no GPS as bases de praticamente todas as vias (algumas não estão no croqui que tínhamos em mãos).
Feito esse reconhecimento entramos então na que acredito ser a via mais antiga de lá, a Luiza Menin - D1 5º Vsup E2 160 m, fácil de identificar por ter sido conquistada com grampos P (que continuam lá firmes e fortes!). A rocha lembra MUITO Pedra Bela (onde é a prática dos meus Cursos de Escalada), com a diferença de ser mais longo e com uma graduação "mais divertida" que a Maria Antônia, que também tem o mesmo tipo de rocha, com vias também longas só que mais tranquilas.
Chegando ao final da via esticamos a caminhada até o cume, fizemos uma pausa para o lanche, passamos no carro onde peguei a bateria extra da câmera fotográfica e fomos então para a próxima via do dia, a Pai Herói - D1 5º Vsup E3 150 m, bem ao lado direito da Luiza, e com uma linha praticamente reta para cima, uma via que vale muito a pena fazer!
De volta ao top,o dessa vez quase não paramos e fomos então fechar nossa tarde de escaladas na via Patagoniana - D1 3ºsup IV E2 52 m, só para quase acumularmos 400 metros de vias escaladas (se contar as caminhadas após a última parada de cada uma das vias deu mais que isso) ;-) Essa última via é bem tranquilinha e logo após ela paramos para mais um lanche e curtir o pôr-do-Sol, antes de pegarmos estrada de volta para Bragança.
A vez que tentei escalar por lá foi em 2004 (ou 2006? não tenho certeza pelas datas nos meus arquivos de GPS) e agora, vendo que as paredes estão limpas (na medida do possível), com muito mais vias e uma boa trilha para a base, certamente voltarei! Um lugar que vale a pena algumas idas e algumas outras vias já me deixaram com água na boca!
E se você quer entrar para o mundo da escalada fazendo um curso ou, se já escala, fazer uma reciclagem em algum local (inclusive pode ser na São Domingos), entre em contato pelo meu site www.climbing.com.br.
Enviado por Tacio Philip às 19:38:53 de 03/09/2019
Nos últimos meses a "rotina" que a Lorena e eu temos tido, além de cuidar de casa e de gatos (inclusive ontem a família aumentou em 6 gatos resgatador - logo estaremos procurando adotantes de gatinhos) tem sido ocupada com escaladas no Visual das Águas ("do lado" de casa), cursos de escalada (a Lorena também com seus atendimentos de psicologia), alguns pedais pela região e há pouco mais de dois meses também canoagem pela Represa Jaguari.
Depois de muito enrolar e há muito tempo pensando que eu devia ter um caiaque por aqui (inclusive fiz canoagem na faculdade) e, principalmente porque moramos a 5 km de um dos acessos à represa, finalmente compramos um caiaque (inflável para facilitar transporte e poupar o bolso) e, quando não está frio congelante como esses dias, temos ido remar, começando a explorar diversos braços da represa (e ainda muito a explorar).
Além disso, há quase duas semanas (dia 24 de Julho), aproveitando o final-emendado de férias do Juvenil pegamos estrada rumo Pedralva para, finalmente, fazer o Juvenil parar de falar que queria escalar a via "Evolução" :-P Saímos de Bragança cedo, depois de algumas horas estávamos com o carro estacionado no Sr. Tião Simão e logo seguindo a trilha até a base da via, que repeti algumas vezes e, até hoje, é uma das vias que acho mais significativas na minha "vida de escalador", tendo até a escalado em solitário há algum tempinho... em 2006!
Na base nos equipamos, deixamos o que não precisaríamos durante a escalada (ou o que achamos que não precisaríamos, como o lanche e mais água, que fizeram falta) e às 12h30 começamos a escalar, em um horário perfeito (perfeito para cozinhar na parede, não para escalar).
Tirando os esticões iniciais (bons para "aclimatar" o cérebro com a escalada) foi tudo tranquilo até chegarmos ao "forninho", a 4ª parada da via, antes do seu verdadeiro crux (a 5ª enfiada), quando vimos que a sapatilha do Juvenil estava descolando a ponta da sola.
Mesmo com esse "inconveniente" o Juvenil começou a guiar, seguindo por um bom trecho (inclusive pulando uma chapeleta que não tinha visto e desescalado um pouco), até que viu que não tinha condições de continuar por causa da sola aberta. O desci de "baldinho" de volta à parada, trocamos as pontas das cordas (para aproveitar o trecho que ele já havia guiado) e então assumi a guiada até a próxima parada (antes de mais uma enfiada crux da via).
Estando de top, mesmo com a sola detonada, o Juvenil conseguiu subir, mas seria arriscado tentar guiar com uma sapatilha que provavelmente estava tão confortável e precisa para escalar quanto uma pantufa, deixando para mim então o trabalho de guiar todas as outras enfiadas da via.
Fomos seguindo, lembro que nas últimas enfiadas, mesmo em lances de 5º, 4º e até 3º grau eu tinha que "trabalhar os movimentos" e pensar como se estivesse em um 7º grau, devido ao cansaço (isso que dá ficar muito tempo sem fazer vias longas!), mas no final da tarde e vendo o Sol começando a se pôr, chegamos finalmente ao final da via.
No topo um tempinho para descanso, algumas fotos vendo o Sol se pondo, beber os últimos mL de água e então começar os intermináveis rapeis (torcendo para a corda não enroscar em nenhum deles). Apesar de descermos já no escuro com as headlamps iluminando nosso caminho a descida foi tranquila, sem nenhum enrosco de corda e, oito rapeis depois (na descida dá para emendar alguns) estávamos, finalmente, no chão onde um pouco de água e lanches nos aguardava.
Sem pressa comemos, guardamos as coisas, puxamos as cordas e seguimos então caminho de volta ao abrigo onde um ótimo jantar (caseiro, com galinha caipira e no fogão à lenha) nos esperava. Jantamos, batemos papo e fomos então dormir, pensando se iríamos escalar algo no dia seguinte.
No dia seguinte, 25 de Julho, acordamos, tomamos nosso café da manhã, arrumamos as mochilas e subimos novamente para a base da parede, seguindo os planos iniciais de entrar na via "Castelo de Cartas", uma via que tenho vontade de escalar desde que foi aberta, há quase 10 anos.
Com o peso extra de um rack de móveis e do cansaço do dia anterior fomos subindo e, depois de mais ou menos 1 hora de caminhada estávamos na base da via, entre as vias "O Sabotador" e "Suanuarcu", que escalei há muuuuitos anos, em 2008.
Na base nos equipamos e então comecei sua primeira enfiada, toda em móvel, E3, sem rota de fuga e que justifica realmente o nome da via, parecendo um monte de cartas empilhadas prontas para desabar a qualquer momento. Juntando o cansaço do dia anterior, o psicológico abalado e que, depois de ter subido uns 10 metros na minha frente tinha um esticão de uns 15 metros sujo e sem locais para proteger (e se continuasse não teria como desistir depois) a melhor coisa que pude fazer foi desistir naquela hora, já bem adrenado por pensar que a última proteção era um bico de pedra e que teria que desescalar aquela fenda-chaminé.
Aos poucos fui desescalando, voltei ao topo da fenda (onde estava a proteção no bico), a tirei, joguei o rack de móveis (que pesava alguns kg) para o chão e então comecei a desescalar a fenda, que em si não é ruim porque tem pés e como se entalar, mas logo na sequência tinha o lance da saída, que subindo não era tão ruim, mas para descer era péssimo, tendo que fazer força e ainda confiar que, mesmo há alguns anos sem escalar nada sério em móvel, aquele camalot perto da base seguraria uma queda se eu escorregasse.
Ao final tudo correu bem, cheguei de volta ao chão sem nenhuma queda, mas com as mãos tremendo de tão adrenado por causa da escalada/desescalada naquele castelo de cartas. Com certeza é uma via que quero subir, mas não naquele dia, não com o psicológico daquele jeito e nem com aquele cansaço.
Felizes com desistência guardamos nossas coisa e então seguimos nosso caminho de volta, aproveitando para algumas fotos e para fazer um caminho melhor, para atualizar meus tracks de GPS da região. De volta ao abrigo acabamos de arrumar as coisas e logo pegamos estrada de volta a Bragança.
Mesmo não tendo escalado a via "Castelo de Cartas" a viagem valeu muito a pena e a via "Evolução" é uma via espetacular, realmente vale a pena ser repetida (inclusive pretendo voltar nela novamente, com a Lorena) e que é uma ótima via para quem quer realmente entrar na escalada tradicional.
Enviado por Tacio Philip às 13:47:54 de 04/08/2019
Depois de uma semana que teve escalada no Visual das Águas na 2ª feira, pedal pela barragem da represa na 3ª e canoagem na represa na 5ª, o Sábado, dia 15 de junho, foi dia da 1ª "cadena" da Travessia da Serra do Lopo pelo trajeto definido como parte da Travessia Transmantiqueira.
Há alguns meses a Lorena e eu fomos convidados a fazer parte do GT (Grupo de Trabalho) Lopo-Bau da Transmantiqueira, começando a participar das reuniões e encontros como montanhistas voluntários, para ajudar na definição do percurso que iria atravessar a Serra do Lopo, local que frequento há um bom tempo. Aproveitando, se você tiver interesse em ingressar de forma correta no montanhismo, aprendendo sobre equipamentos, navegação, ética, prática de mínimo impacto etc. veja meu curso de montanhismo.
Sendo assim, tendo conhecido através do Juvenil uma das trilhas já bem abertas de acesso à Serra (desde sua base, em Vargem - SP), fomos procurando trechos preferencialmente de trilhas já existentes e as conectando, explorando seus trechos durante diversas saídas a campo (algumas muito roubadas!). Sendo assim, depois de pelo menos umas 6 saídas, chegamos ao que achamos "a melhor opção no momento" para a travessia da serra, começando na Igreja do Bairro do Guaraiúva e terminando no restaurante Tulha da Serra, do lado oposto, percorrendo quase que em todo o tempo a sua crista.
Imagem sobre o Google Earth com a travessia (em vermelho).
E antes que perguntem, há outras opções sim, até provavelmente mais bonitas, mas sem trilhas já abertas e bem definidas, ou com acessos proibidos: inclusive, tente conversar com o pessoal da olaria do acesso à Pedra do Guaraiúva, há mais de uma década muita gente está tentando - inclusive nós - mas graças a atitude de UMA pessoa esse local está fechado há uns 15 anos.
Mas voltando ao tema, depois da definição do trajeto e realização de um dos seminários da Transmantiqueira em Extrema (que está apoiando o projeto através da secretaria de turismo), no dia 15 de Junho nos encontramos em frente da Igreja do Guaraiúva o Ricardo, Marquinho, Carla, Dora, Malco, Lorena e eu, sendo que a Dora nos ajudaria na logística do resgate enquanto nós seis faríamos a travessia.
Então, por volta das 7h30 começamos nosso longo dia de caminhada, na Igreja do Guaraiúva (Vargem / SP), seguindo então para o início da trilha (parte da trilha dos macacos) que nos levou até a crista da serra e, de lá, até a Pedra do Cume.
Com direito a pausas para fotos, lanche e descanso fomos seguindo nosso caminho, agora pela trilha que segue a crista da serra, passando pela Pedra das Flores, Pedra dos Cabritos, 5 Dedos, Lago, Pedra do Marino, até sairmos na estrada da crista, passando então pelas rampas de voo livre e seguindo até as antenas, na trilha do Pinheirinho.
Seguimos caminho pela trilha do pinheirinho até seu ponto de água e, de lá, desviamos então para a Pedra Sacerdotisa, Pico dos Cabritos, seguimos o trecho que já foi marcado durante o seminário na Trilha da Onça e saímos então no Salaminho e de lá a descida final até o restaurante Tulha da Serra, onde fomos resgatados pela Dora e levados de volta até Vargem, onde nossos carros nos aguardavam (com direito a um pit-stop para açaí).
Vídeo no final da travessia
Ao total foram 19,7 km de percurso com desnível acumulado de subida de 1405 m e 1305 m de descida, percorridos em 9h15 (em ritmo "normal"). Ficou uma caminhada exigente, linda e que não deixa nada a desejar para alguns dias de caminhada em travessias como Serra Fina, Marins-Itaguaré etc. Inclusive, acredito que essa trilha venha a se tornar uma "clássica" daqui alguns anos.
Agradecimentos a todos os parceiros que ajudaram na definição dessa trilha, assim como o apoio da prefeitura de Extrema, pela Dora da secretaria de turismo, e logo marcaremos de percorrê-la mais uma vez, já que algumas pessoas não puderam estar presente nesse dia - não é Alessandro? (e temos que dar também uma "refinada" na descida final) ;-)
E só aproveitando a postagem, os dias seguintes também foram bem aproveitados com mais escaladas em rocha no Visual das Águas (dia 18) com a Lorena e Juvenil e em São Bento do Sapucaí (dia 19) com o Juvenil - fotos no link Escaladas Ana Chata, em um dia com direito a "voar" uns 5 metros em uma via quebradiça que entramos por engano (depois o Eliseu disse que ela se chama Via da Árvore - não está no guia de escalada).
E hoje, já dia 22 de Julho, foi dia de ir mais uma vez com um aluno para Pedra Bela, para uma saída para escalada em rocha. E caso tenha interesse veja também meus cursos de escalada em rocha, com inscrição aberta para turma em Julho.
Enviado por Tacio Philip às 21:10:41 de 22/06/2019
Ontem à noite assisti o documentário Salvando o capitalismo (Saving capitalism) (2017), apresentado e baseado no livro de Robert Reich, disponível no Netflix (mais sobre no IMDB.
Obs: Se você não assina Netflix nem compartilha o acesso com alguém procure na internet que você encontra para download. Inclusive recomendo usar o browser Brave, que não te rastreia como o Chrome, e fazer buscas no DuckDuckGo, que não limita os resultados apenas a anunciantes e o que ele acha que "pode", como faz o Google.
Mas, voltando ao tema, o documentário em si, ele mostra uma visão de como o capitalismo desviou para uma vertente que não favorece a população, mas que gera cada vez mais privilégios para poucos da elite financeira/política (acho que, hoje em dia, financeiro e político são palavras que nem podem mais serem facilmente separadas). Os argumentos e dados são todos baseados na economia americana (o autor foi secretário no governo americano e é professor de economia), mas podem muito bem serem "extrapolados" para nossa grande pátria verde-amarela (com ressalvas). E ai que entra o que eu gostaria de escrever sobre o tema e sobre alguns pontos que me chamaram atenção.
O capitalismo
Em primeiro lugar, apesar do capitalismo ser, de uma maneira prática, o único sistema que deu "meio certo" até hoje (para entender o "meio certo" é só olhar ao redor as desigualdades, o descaso com o planeta onde vivemos e a função real do marketing e das empresas) não o apoio porque suas ideias podem ser interessantes, funcionais, mas dependem de um grande problema que acaba com suas premissas de oportunidades e igualdade: o ser humano.
No meu mundo da fantasia, meu mundo ideal, minha utopia impossível de acontecer e de funcionar todas as pessoas teriam liberdade de viver sua vida como quisessem, desde que não interferissem na vida alheia, ou seja, um anarquismo liberal. Entretanto, temos o ser humano na equação e, por mais que qualquer pessoa venha a ser contra, o egoísmo é a ferramenta que mais "funciona" no ser humano.
Não é difícil (ou melhor, é muito fácil) uma pessoa escolher algo que prejudique outra pessoa para benefício próprio. E, você mesmo que está lendo e concordando, você é egoísta. Mesmo que você não esteja desenvolvendo um produto para aumentar os lucros de sua empresa de modo que sejam necessários menos funcionários (parabéns por diminuir a oferta de empregos e provavelmente produzir algo desnecessário, como a maioria das empresas fazem), o que você faz, mesmo que seja caridade ao ajudar uma ong, é por uma recompensa egoísta, mesmo que apenas psicológica. Então não acho que exista uma "classe de seres humanos não egoístas" que faria o sistema funcionar e ele está fadado ao fracasso.
Atuação do governo
Novamente, em um mundo ideal, o governo existiria (quando necessário) apenas para proteger a população dos desejos egoístas das outras pessoas (nem precisaria existir se as pessoas não fossem egoístas). Mas, novamente, o governo é formado por pessoas (adivinha? pessoas egoístas) então, como o documentário fala e não é nada diferente do que vemos no Brasil, é absurdamente comum ver o governo sendo comprado por grandes empresas de modo a terem vantagens (isso de forma "velada" como doação para campanhas, quando não é tão explícito quanto bolsas de dinheiro entregues pessoalmente - logo eles se informam sobre bitcoins e outras moedas virtuais...). Ou será que alguém acha que uma empresa doa milhões para um candidato porque sua proposta de governo vai ajudar a população?
E, com esse governo, vemos cada vez mais as grandes empresas e o moradores do topo da pirâmide econômica tendo subsídios, investimentos, perdão de dívidas enquanto aumentam sua fortuna investindo em um sistema que gere mais lucro baseado na exploração da base (se você está lendo isso você é base, não se ache especial, já conheci algumas pessoas do "topo" e elas vivem em outro mundo que você não tem acesso - nem eu - , você não é "igual" a eles e não participa do mesmo mundo - nem existe uma porta para atravessar para ele - pelo menos acho que não exista honestamente ou sem indicação).
Então, a influência do governo não funciona porque ele é baseado na ganância dos governantes e não ter o governo regulamentando também não funciona porque promove a liberdade das pessoas fazerem tudo que querem - se pensar um pouco dá para entender que isso mostra que nem o capitalismo, nem o comunismo, nem o anarquismo podem funcionar de uma maneira que dê oportunidades reais para todos.
O dogma da democracia
Esse é um tema que difere (de certo modo) com o que o documentário defende: a democracia. Mas antes de realmente expressar o que eu penso da atual "democracia" devemos lembrar que, mesmo com tantos problemas de desigualdade e crises, como é mostrado no documentário, os EUA ainda são um país onde a educação é valorizada e recebe investimentos um "pouquinho" maiores que no Brasil, que está cada vez mais sucateado (e se você pensa que isso só está acontecendo por causa do governo atual ou que só aconteceu por causa do anterior você é muito otário, continue lendo para entender sua ignorância).
No Brasil, sem investimentos básicos em educação (e básicos mesmo, desde a pessoa aprender a ler e fazer contas de adição), sem formação de uma população pensante, questionadora (você é contra as matérias de filosofia, sociologia etc.?) até uma formação decente de profissionais para mão-de-obra e pesquisa temos uma população ignorante e limitada. E não adianta falar daquele "escolhido" que conseguiu superar na vida, criar algo útil para a humanidade porque ele é um em milhões, ele não é o esperado na população, ele é o ponto fora da reta. Tem sido até comum as pessoas enaltecerem a pesquisa no Brasil (não que não seja importante, com certeza é e devia receber muito mais investimento que recebe), mas pense no mundo real: os grandes pesquisadores brasileiros são grandes porque foram embora do país, nenhum brasileiro ganhou um Nobel - mas isso seria tema para outra postagem.
Voltando para o caso do investimento em educação, sem a formação de uma população consciente do mundo em que ela vive (leia-se: alienada) a democracia não funciona. O que adianta as pessoas baterem no peito felizes por terem a oportunidade de eleger quem os governará se elas elegem o que mais vão piorar suas situações? E no "ideal" de democracia todos participariam, nem que por um dia, de alguma função importante, não é o mesmo significado atual de escolher uma pessoa para tomar todas decisões para você (e pior, ainda acreditando que essa pessoa cumprirá suas promessas de marketing de compra de voto para realmente trazer algum benefício para você). Você acha que é por ideologia que pessoas com fortuna entram para o governo para receberem seus baixos salários (sim, em comparação com o que eles tem é baixo, é esmola, se para você o salário dos políticos é alto - para mim também é - só mostra como estamos longe desse mundo, não que ele não existe).
Mas resumindo: em um país com população majoritariamente ignorante não adianta defender, cegamente, como se fosse uma religião, a democracia, já que a maioria que elegerá os governantes não será quem tem consciência, estudado ou boa intenção, será apenas a maioria numérica que vendeu seu voto para quem está no topo da pirâmide em troca de uma vida futura (parece até religião, não?).
Influência nas escolhas, desigualdade e mudança social
No mundo ideal da democracia a SUA escolha faz diferença para que o governo tome ações em seu benefício (se quiser ser ideologista mude a frase para "as escolhas do povo para benefício da população" - mas notou que no fundo é tudo benefício próprio?), mas não acontece assim. Como mostra no documentário, as ações do governo são baseadas no benefício das empresas "inocentes" que fazem doações (que estranho, não é? Por que fariam isso?). Então, imprimir com seu Mac um cartaz pedindo "direito de voz" e ir desfilar na Paulista só vai fazer diferença se antes você tiver enviado uma cópia com papel timbrado para o governo (obviamente timbrado com o nome da empresa que fez doações), senão é apenas mais um dia de desfile de carnaval com as pessoas fantasiadas de "tenho influência no governo".
E, com essa influência praticamente inexistente (o documentário mostra que nos EUA também é assim), o alto escalão das grandes empresas sempre aprovará (ou melhor, definirá) regras que os beneficie. Ai você pensa: mas é livre comércio, eles podem fazer isso para sua empresa. Sim, eles podem, existe uma diferença entre o que é legal e o que é moral, mas não esqueça que além desse benefício para a empresa, seus diretores, "CEO"s (ainda acho esse termo estúpido para essa forçação de barra da globalização), seus investidores, eles também estão aproveitando para usar uma mão de obra o mais barata possível (você). Eles não estão repassando para os funcionários da base, que fazem a empresa funcionar, os seus ganhos (ou você acha que a "participação de lucros" é porque eles se importam com você e o que eles te dão é realmente quanto você merecia pelo que fez pela empresa?). Então, de um lado eles aumentarão as desigualdades sociais na população e do outro lado também aumentarão a desigualdade.
Além disso, aquela história do motoboy que chegou a presidente de uma empresa aconteceu há 40 anos, certo? Conhece algum caso atual de "mudança de classe" que tenha sido com esforço em vez de ser por alguém ter criado algo que o marketing diz que você precisa e aproveitando para usar mão de obra barata e vender uma "experiência"? (não consigo entender como tem pessoas reais que usam Apple e Nike, entre outras). Então, como o documentário também defende, houve mudanças no sistema capitalista e cada vez mais a desigualdade é maior e as mudanças sociais mais difíceis (chega de se prender na história de vida de Henry Ford tentando a aplicar aos dias atuais, pense na história dos criadores das redes sociais, como seus bilhões são benéficos para diminuir a desigualdade social - ou até mesmo das "Startups" - outro nome estúpido - que valoriza quem cria algo para um problema a um custo bem menor, aproveitando a "liberdade" da economia - seu emprego, sua profissão, seu ganha pão já foi sucateado por algo que faça o que você faz por 1/10 do valor? ainda não? calma, essa hora vai chegar!).
Liberdade de expressão
Acho que esse tema pode até ser entendido um pouco no que falei sobre a influência que uma pessoa normal tem no governo, mas hoje vi uma coisa na internet que mostra mais ainda como nossa influência é zero e que a liberdade de expressão que temos é condicionada a escolha de empresas (adivinhe? acha que é pelo seu bem ou por lucro?): ontem o youtube excluiu diversas contas de usuários por causa dos seus temas e postagens. E já adianto que a ideia nessa postagem não é sobre "o tema" em si (posso até escrever sobre isso outra hora), mas que tanto faz "o tema".
Você acha "normal" uma empresa decidir o que é o "melhor" para você, sendo que a função de uma empresa é gerar lucro para seus acionistas e não proporcionar condições para toda a população (novamente, saia do mundo da fantasia e olhe o mundo real)? Você fica feliz quando um tema é proibido, excluído (falar censurado não pode né?) porque uma empresa acha que isso é "bom para a sociedade" e concorda com os SEUS ideais? Meus parabéns, né? Por enquanto não decidiram "ser proibido" postar à favor (ou contra) o governo, ser à favor (ou contra) o uso de drogas, ser à favor (ou contra) as pessoas terem armas, ser à favor (ou contra) a liberdade de expressão etc. etc. etc.
Sorria! Você ainda tem total liberdade de expressão para postar o que eles permitem!!!
Fechando
Só fechando, um ponto que vi no documentário e que também me fez refletir: uma hora o apresentador fala sobre "valores mais altos para serviços de internet, saúde etc. nos EUA que nos países em desenvolvimento". Isso para mim não foi uma metáfora, uma extrapolação, fazendo de conta que ele não sabe que em países como o Brasil os valores são mais altos e com qualidade pior. Acho que isso só significa que o Brasil nem é visto como "país em desenvolvimento" por eles (e estão errados? sem educação básica, com essa população alienada você realmente acha que nossa pátria amada tem alguma função além de fonte de recursos naturais e compradores de lixo importado?).
E concluindo: você acha que eu só falei, falei, mas não concluí nada e não dei uma solução? Exatamente! Ou você esperava que eu tivesse a solução para os problemas do mundo como já venderam para você que alguém tinha?
Não precisa pensar como eu penso, apenas pense, já é um grande avanço.
As pessoas se satisfazem e aplaudem por terem ?liberdade de expressão? para dizer tudo que está dentro da lista de regras das atuais grandes empresas de dados chamadas redes sociais.
Enviado por Tacio Philip às 13:47:27 de 06/06/2019