Já fazia um tempo que eu olhava da Dutra um cume razoavelmente isolado e, na nossa última troca de email, o
Parofes me escreveu com o que seria um bom projeto exploratório para essa temporada: o Pico da Gomeira.
Sendo assim, depois de uma pesquisa infrutífera na internet e algum planejamento à partir de carta topográfica, google earth e com o que o Parofes também tinha analisado, comecei a juntar uma turma de amigos dispostos à roubada e no final, como saímos em uma terça feira, dia 3 de Junho, somente o Mateus e eu pegamos estrada rumo à Cruzeiro - SP.
Logo pela manhã o Mateus chegou aqui em casa, deixou seu carro na garagem e pegamos estrada rumo Norte. No caminho, já com a fome apertando, um bom almoço na região de Roseira por volta das 13h e, no começo da tarde estávamos no mirante entre Cruzeiro e Passa-Quatro observando a região.
Demos uma boa rodada, passamos em algumas fazendas e, depois de uma última conversa, vimos que devíamos voltar em uma outra ocasião para tentar a montanha por um caminho diferente do pensado inicialmente. Mas, mesmo sem a possibilidade de tentar este caminho nessa investida, resolvemos no dia seguinte tentar um dos planos iniciais de modo a não "perder" a viagem e no mínimo passar algumas horas andando pela região.
Sendo assim, no dia seguinte, depois de uma noite em Passa-Quatro, acordamos bem cedo, comemos nosso café da manhã (que também tinha sido nossa janta) e logo pegamos estrada, estacionando o carro e começando a caminhada às 6h10, pouco antes do Sol aparecer no horizonte.
O começo foi muito inclinado e varando capim. Trecho cansativo mas que logo foi sendo vencido, junto com a chegada do Sol, quando chegamos em trechos de pasto, seguindo muitas vezes por trilhas e mais trilhas de vaca, sempre de olho no relevo e no que poderia chegar a ser em um dia longínquo, um caminho para a montanha.
Fomos seguindo e, depois de quase 2h e mais de 3km de caminhada, entramos no trecho de mata, tentando seguir para a crista final da montanha. Nesse trecho que tudo desandou: não existe trilha e a mata, além de fechada, é fechada com muito bambuzinho, o que fazia com que cada passo fosse dado apenas depois de muito esforço para abrir o caminho.
Fomos andando na medida do possível até que, por volta das 10h da manhã, ou seja, umas duas horas abrindo caminho, conseguimos olhar o nosso objetivo bem ao longe (que estava ainda 1,8 km de distância em linha reta) e ter certeza que não chegaríamos lá por ali (pelo menos não nessa investida planejada para ser apenas um bate-volta). Tentamos ainda mais uns minutos, por insistência minha, mas aquele realmente não era nosso dia. O jeito foi fazer umas últimas fotos, descansar um pouco, virar e voltar, fazendo uma boa pausa assim que saímos da mata para um lanche final.
De lá, mesmo parando para algumas fotos e vídeos, em menos de uma hora estávamos no carro, onde chegamos ao meio-dia. Como ainda era cedo aproveitamos para logo retornar para São Paulo e fugir do trânsito (principalmente porque o Mateus ainda voltaria para Itu). Na volta fizemos só uma pausa na estrada para combustível e café, chegando em casa pontualmente às 16h.
Apesar de não concluirmos nossa meta a viagem foi muito boa por termos explorado uma região pouco explorada e muito bonita entre a Serra Fina e o complexo Marins-Itaguaré. Além disso, a melhor parte foram os contatos, que nos deixaram com mais vontade ainda de retornar à região (em breve!).
Algumas fotos podem ser vistas no link Tentativa de montanha na Mantiqueira.
- enviado por Tacio Philip às 18:49:26 de 09/06/2014.
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