Desde o ano passado, ainda no verão, o Alessandro (parceiro semanal de pedal) e eu comentávamos sobre, assim que o clima ficasse mais favorável com tardes com temperatura inferior a 50ºC, em fazer um pedal que desse mais de 100 milhas (160,9 km), já que seu "record" havia sido um pedal de 150 km e o meu um de 144 km (quando fui de Capivari para São Paulo pedalando).
O tempo foi passando, o clima melhorando (leia-se refrescando) e, há pouco mais de 1 semana, falei com o Ale sobre já acertarmos esse pedal, antes que o termômetro voltasse a subir e logo isso foi marcado para a 2ª feira, dia 14/08/2017.
Com o psicológico preparado (e acho que com os músculos também), na 2ª feira acordei cedo em Capivari, segui de carro até Itu e, de lá, às 8h07 iniciamos nosso longo dia de pedal. No início passamos pelo centro de Itu (para cortar um pouco de caminho e fugir das subidas do anel viário) e logo chegamos na estrada, seguindo então exatamente por onde eu havia acabado de passar de carro, passando pelos trevos para Salto, Elias Fausto, Capivari e, de lá, seguindo a "estrada da cana" passando pelos trevos de Mombuca, Rio das Pedras e, finalmente, chegando em Piracicaba, cruzamos a saída para a avenida Luiz de Queiroz e seguimos, ainda por uns 7 km, até o final do recém aberto anel viário, onde completamos pouco mais de 81 km (e era só a metade do caminho).
Tanto na ida quanto na volta fizemos apenas uma pausa mais longa para lanche (leia-se uns 5 minutos) logo depois de completar a metade do caminho (a cada 1 hora eu comia algo sem parar de pedalar), algumas pausas em SAUs para pegar água (no total 4, onde eu preparava meu "clightorade" = suco ou chá clight + sachê de sal), uma pausa chata para desenroscar a corrente da bike que tinha entrado dentro da corôa e fomos voltando pelo mesmo caminho, só vendo os quilômetros aumentando no ciclocomputer/GPS ao mesmo tempo que a energia ia diminuindo.
Até cerca de 120 km o pedal, pode-se dizer, foi "tranquilo". Depois disso, o corpo foi estragando exponencialmente e nem os sachês de carboidrato em gel davam muita conta de animar para os muitos km que ainda faltavam (teve trechos que provavelmente passaríamos a 30 km/h que seguíamos a 15 km/h).
O tempo foi passando, o corpo cada vez doendo mais ("só" doía do pescoço para baixo - bike speed não é nada confortável, principalmente depois de 6 horas pedalando) e fomos voltando. A essa hora a contagem de quilômetros não era mais de quanto tínhamos pedalado, mas de quanto faltava para terminar.
Imagem do Google Earth e tela do GPS com o trecho e dados do pedal
Perto das 16 h, quase 8 horas depois de termos saído, chegamos de volta à casa do Alessandro. Ainda não sei se o pior era o cansaço das pernas por causa do pedal ou a dor por causa da posição pouco confortável na bike (principalmente no pescoço e ombros). De qualquer maneira, depois de 7h17 de pedal, tínhamos completado nossas 100 milhas com uma pequena margem de segurança (foram 163 km pedalados).
Eu, que ainda tinha que voltar para São Paulo, deixei para voltar só à noite (e fugir do trânsito) então fomos comer um belo lanche (aqueles que entopem suas veias só de olhar - mas não tinha problema, havia bastante ácido lático no sangue para desobstruir) e, agora, com esse novo empurrão na zona de conforto para um pouco mais longe, só falta encarar novas "roubadas". Ainda não tem data certa, mas já comentamos que o próximo objetivo terá que ser um pedal de 180 km, a distância pedalada nos IronMan (mas assumo que preciso de uns dias para recuperar o corpo e mais umas semanas para recuperar a cabeça) ;-)
Há menos de 1 mês foi a vez do carro completar 100 mil milhas
- enviado por Tacio Philip às 15:33:15 de 15/08/2017.
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