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18/01/2014 11:20:35 (#487) - Pós reveillon em Trindade e Cunha

Com a esperança (muito frustrada) de tentar fugir um pouco da lotação de tudo por causa do reveillon, no dia 03 de Janeiro a Aline e eu pegamos estrada rumo à Trindade, Paraty - RJ.

Saímos de São Paulo perto da hora do almoço e, depois de uma viagem quente mas tranquila estávamos saindo da Rio-Santos e subindo a serra que atravessa para a praia de Trindade. Até essa hora tudo tranquilo, mas isso durou pouco. Chegando em Trindade já no final da tarde o cheiro de frango e farofa era forte, assim como a quantidade de pessoas pelas ruas entupidas.

Sem perder muito tempo fomos até um camping recomendado pela Uri (irmã da Aline) e vimos que o preço cobrado aos idiotas que resolvessem ir para a praia nesses dias era de "apenas" R$50,00 por pessoa! Me sentindo um idiota mas sem muitas opções ficamos, na hospedagem mais cara que já paguei por um espaço na areia, um chuveiro e uma privada.

Tentando abstrair a situação saímos e fomos então andar pela praia, passando pela Praia do Meio e Praia do Cachadaço, seguindo até a piscina do cachadaço, piscina natural onde ficamos até o pôr-do-Sol (pelo menos estava vazio, no máximo uns 10 banhistas quando chegamos e chegamos a ficar sozinhos no final). Com a noite chegando e a luz indo embora (e sem headlamps) começamos a voltar, tomamos um banho e fomos jantar.

Depois de andar um pouco encontramos um restaurante simpático e com preços justos para arroz, feijão, salada e um bem gostoso peixe grelhado. Só estranhamos o "prato individual - R$20,00" e o "prato para 2 pessoas - R$50,00" (sim, isso mesmo, não escrevi errado). Mas tudo bem, com o nível de esperteza das pessoas que gostam desses lugares no verão deve ter muito malandro que pede o prato para 2 pessoas para economizar... junto ao prato pedimos também um suco de abacaxi (que nunca chegou) e, como o atendimento era padrão carioca (como tudo que vimos lá), na hora de embora deixei o valor da comida no balcão (sem os 10% que falavam que cobravam no cardápio) e fomos embora.

Demos mais uma andada pela rua, tomamos um mate gelado, ficamos um tempo na praia deitados olhando o céu estrelado e voltamos para a barraca, ou melhor, sauna. No começo tentamos dormir com a barraca fechada mas não foi possível. No final eu acabei dormindo nela aberta, sendo devorado por pernilongos (sorte não sou alérgico) e a Aline foi para fora da barraca e se enrolou no lençol para tentar se proteger.

Depois de uma noite muito mal dormida acordamos, fizemos nosso café da manhã e saimos da Praia dos ranchos, passamos pela Praia de Fora e chegamos até a Praia do Cepílio para um mergulho. Ficamos um tempo lá, voltamos, bebemos uma cerveja e ao voltar pro camping, quando sentei em uma cadeira (do bar que fica no camping que eu estava), vieram me falar que tinha "taxa de consumação". Mesmo eu falando que estava "hospedado" lá disseram que não importava. Falando que aquele lugar era uma merd@ e mais se saco cheio do que era possível voltei para a barraca e finalmente comecei a arrumar minhas coisas para deixar aquele lixo de camping com aquele lixo de atendimento para trás. A Aline que tinha ido dar mais um mergulho logo chegou, tomamos um banho, a Aline pagou e sem sequer olhar para a cara dos idiotas de lá fomos embora pouco antes da hora do almoço.

De volta à estrada, finalmente livre daquele lugar que, apesar de bonito (e merece retorno no inverno durante a semana para fotos) estava insuportável estava com tudo lotado, calor infernal e atendimento péssimo. De carro passamos então pela entrada de Paraty (retornando logo que vimos o trânsito), colocamos combustível no carro (R$2,60 o litro do álcool - aqui em SP estava R$1,70) e seguimos em direção à serra.

Há quase exatamente um ano eu estive em Paraty e subi esta serra, que liga Paraty a Cunha, de bike com o Alessandro e alguns amigos em uma cicloviagem pelo inteior e litoral. Desta vez, de carro, deu para perceber quão insano foi fazer esse caminho, no verão, pedalando!

De carro a subida foi traquila, apesar das condições não muito boas da estrada, sempre seguindo algumas SUV de um pessoal que só deve usar o carro para ir ao shopping. Mesmo com carros 4x4 e mais altos que o meu, pulavam como cabritos sem saber escolher o caminho a subir. A subida me fez lembrar também de quando eu tinha um Defender e fiz esse caminho em um encontro land rover.

Fomos seguindo a subida, a temperatura ficando mais amena e logo chegamos ao seu topo, a 1600m de altitude, onde começa a descer novamente em asfalto (aí uns 4x4 que eu tinha ultrapassado na subida de terra resolveram me ultrapassar, afinal agora eles estavam no seu local de origem...). Seguimos a descida até Cunha, nos hospedamos no hotel do Chico, mesmo que eu tinha ficado ano passado (mais barato, mais confortável e com atendimento infinitamente melhor que a porcaria do camping) e então saímos para almoçar.

Na cidade, além de estar tranquila (apesar de também muito quente) estava tendo um festival de Jazz e Blues, muito melhor que os funks ao nível do mar. O que fez a estadia em Cunha ser muito mais agradável. Nesse primeiro dia aproveitamos só para descansar e passear pelo centro, a 3 quarteirões do hotel.

No dia seguinte, ainda com muito calor fomos passear em algumas cachoeiras. A primeira que tentamos ir foi a Cachoeira do Pimenta, voltando assim que chegamos ao estacionamento graças a uma caminhonetinha rebaixada tocando funk, seguindo então para a mais tranquila Cachoeira do Desterro. Andamos ao lado do rio, tiramos umas fotos, dei meu lanche para um cachorro simpático e com o passar do tempo e o local esvaziando, resolvemos novamente tentar a outra cachoeira, que agora felizmente estava completamente vazia!

Ficamos um bom tempo por lá fotografando, brincando com estilingue, salvamos uma tartaruga de água que provavelmente tinha sido levada pra trilha por algum funkeiro e caminhamos pela sua lateral até seu topo, calculando que ela tem com todas suas quedas uns 40m de altura! Com o final da tarde voltamos para o carro e seguimos então de volta à Cunha, seguindo a estrada para o lado oposto para conhecer mais um pouco da região.

Em Cunha jantamos, bebemos uma Cerveja Wolkenburg Fit (estranha), assistimos um pouco do festival de Jazz e fomos então dormir.

No dia seguinte tomamos café da manhã, arrumamos as coisas e depois de enrolar um pouco saímos rumo à Guaratinguetá, onde paramos para o almoço e depois seguimos de volta ao inferno de São Paulo.

Apesar do stress de Trindade a viagem valeu a pena. Só não posso me esquecer de nunca mais pisar por lá no verão (pretendo voltar quando for totalmente fora de temporada para fotografar, com a condição de lá só tive coragem de pegar a câmera para uma única fotografia). Cunha já foi bem mais tranquilo, como esperado, e também merece outros retornos.

Algumas fotos podem ser vistas no link Trindade e Cunha.

- enviado por Tacio Philip às 11:20:35 de 18/01/2014.



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