Tentando colocar o blog em dia, depois de alguns dias de escalada em
Los Gigantes e mais alguns em
La Ola, ambos na região de Córdoba, aproveitando a hospedagem e companhia do grande Cidão que hoje em dia mora em Villa Carlos Paz, no dia 10 de Novembro o Victor e eu pegamos um voo bem cedo de Córdoba para Mendoza.
Logo chegando em Mendoza fomos até um hostel e logo em seguida saímos para comprar comida, guia de escalada, gás e tudo que precisaríamos para os próximos 15 dias em Los Arenales. A compra só não foi melhor porque não encontramos nenhum macarrão estilo "miojo" (que seria nosso café da manhã), mas que foi muito bem substituído por alguns quilogramas de aveia e leite em pó. Além disso tivemos um pouco de trabalho para efetuar todas as compras já que quase tudo fecha no período das 14 h às 17 h (nesse horário nossa única opção foi voltar para o hostel e dormir um pouco).
Com tudo comprado, no dia seguinte cedo embarcamos na rodoviária rumo a Tunuyan, cidade a 1h10 de Mendoza. Logo que chegamos na rodoviária e começávamos a pensar no transporte para Arenales conhecemos o Jaro, eslovaco com quem escalamos alguns dias depois. Com tudo negociado com o Yagua, morador de Manzano Histórico que faz o traslado de escaladores, por volta do meio dia seguíamos até o refúgio, a cerca de 2 h de Tunuyan.
Logo chegamos fizemos uma caminhada pelo local, impressionados com a quantidade de agulhas e fendas nas paredes, com uma infinidade de vias e outra infinidade a ser aberta (é simples, pra quem quiser é só olhar uma parede e abrir uma via ou variante). Depois disso voltamos para a barraca e ansiosos com o próximo dia fomos dormir (acabamos ficando na barraca só uns 3 dias, depois nos mudamos definitivamente para o refúgio).
Os próximos 14 dias, tirando os poucos dias de descanso (que felizmente coincidiram com poucos dias de chuva), foram praticamente iguais, acordando não muito cedo (normalmente por volta das 9 h), tomando café da manhã, saindo para escalar, voltando para a janta e indo dormir para no dia seguinte escalar mais. Dessa maneira escalamos as seguintes vias/agulhas durante a nossa permanência em Arenales (graduação francesa):
11 a 26/11/11 - Cajon de los Arenales, Mendoza, Argentina
Ya te Guaverigua (Pilar Oeste) 6b 230m - Aguja Charles Webis
Armónica (Espolon Oeste) 225m 5+/6a - Aguja Campanille Alto
Mejor no Hablar de Ciertas Cosas (Canal y Pilar Norte) 500m 6b - Aguja El Cohete
Il Patagonico (Espolón y cresta Noroeste) 460m 5+/6a - Aguja Casemiro Ferrari
Pilar y Cresta Noroeste 180m 5+ - Aguja Alta Nuez
Deja ya de Joder 280m 6a / Kamikase 20m 6b - Aguja Carlos Daniel
Mujeres , Tequilas y Otras Yerbas 180m 5+- Aguja Nuez
El Zorro (Pared Oeste) 200m 5+ - Aguja Cara del Inca
Patricia 200m 6a+ - Muralla Central
Historietas 22m 6a+ / Running 23m 6b+ / Bolzano 23m 5+ / Strip Tease 23m 6a+ - Pared de La Mitria
No nosso último dia em Arenales, dia 26 de Novembro, acordamos no horário de sempre, tomamos nosso café da manhã, arrumamos nossas coisas (conseguimos comer praticamente tudo que havíamos comprado, acertamos nas contas e só sobrou um pouco de óleo, alguns sachês de mate, sal e 250g de macarrão) e seguimos nosso caminho nos despedindo de todos que conhecemos por lá e que ainda ficariam alguns dias. Ao meio-dia, conforme combinado, o Yagua nos buscou e seguimos então para Tunuyan onde, depois de um bom e barato almoço seguimos para Mendoza para o merecido banho depois de 17 dias à seco (meu record até agora).
Em Mendoza, com a sensação de "trabalho feito" passeamos pela cidade onde aproveitamos para experimentar algumas cervejas artesanais e, no dia seguinte à noite embarcamos em mais um voo de volta à Córdoba, sendo mais uma vez recebidos pelo Cidão.
No nosso último dia na Argentina só passeamos por Carlos Paz, fizemos compras e arrumamos nossas malas, embarcando de volta para São Paulo na madrugada seguinte.
Essa viagem foi bem proveitosa e, se não me engano, pelos cálculos do Victor, escalamos 52 vias. Mas mesmo assim eu esperava um pouco mais de Arenales, acho que devido a minha primeira ida pra escalar na Argentina ter sido para Chalten, tirando as aproximações chatas em moraina de Arenales o restante é bem tranquilo, tanto é que é o local de escalada de final de semana de quem mora em Mendoza, não tem nada do que os brasileiros fazem de mistificação do lugar. Mas vale a pena a visita.
E, durante essa permanência usamos como guia o Escaladas en Mendoza - Mauricio Fernandez, recomendo (inclusive o meu foi autografado pelo autor, que passou alguns dias por lá).
E as fotos já estão disponíveis no link Escaladas em Arenales - Argentina.
E, para quem quiser uma referência, abaixo lista de comida que levamos para 15 dias em Arenales:
8 latas 250 g de sardinha
10 latas 170 g de atum
1 L óleo
4 kg macarrão diverso
4 pacotes de sopa
4 pacotes de molho desidratado
1 pacote de molho pronto
1 caixa de extrato de tomate
1 peça de salame (1 kg)
200 g de queijo ralado
1 pacote de mostarda 200g
1 pacote de orégano
0,5 kg de amendoim salgado
1,6 kg de aveia
1 kg açucar
500 g sal
0,5 kg uva passa
1 geléia de morango
1 pote doce de leite
1 caixa de chá (50 pacotes)
0,5 kg capuccino
2,4 kg leite em pó
30 pacotes de suco
6 barras de chocolate
4,7 kg bolachas doces
540 g bolachas salgadas
240 g torrones
22 barras de cereal
20 alfajores
1 sabonete
1 detergente
1 abridor de lata
1 pacote 6 rolos de papel higiênico
3 cilindros gás (450 g cada)
E as cervejas degustadas durante o mês na Argentina:
Quilmes stout
Quilmes gold
Quilmes bock
Andes gold
Andes porter
Duff gols
Duff Strawbeer
Aldea Gala porter
Jagger oatmeal stout
Don Otto negra bock
Don Otto negra stout
Don Otto roja
San Antonio de Arredondo negra
- enviado por Tacio Philip às 19:55:06 de 19/12/2011.
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