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15/03/2011 17:34:32 (#392) - Exploração e Pico do Garrafão molhados no carnaval

No Sábado antes do feriado do carnaval, dia 5, saímos de São Paulo a Paulinha, Parofes, Victor e eu rumo ao desconhecido.

Nossa idéia inicial era fazer um reconhecimento e quem sabe um ataque a um cume pouco explorado e visitado da Mantiqueira. Quanto ao nome da montanha, vou parafrasear o que um amigo meu, o Dom, diria: "o nome começa com T: T-RESSA!!!". Então, depois de longas horas de estrada (com direito a um congestionamento enorme na saída da Carvalho Pinto para a Dutra) chegamos no final de uma estrada de terra que eu havia mapeado usando carta topográfica e Google Earth e começamos a caçar caminhos e informações.

Como está acontecendo em muitos lugares, esse é mais um local fechado pelo icmbio sem justificativas e a base de ameaças aos proprietários (nos informaram que foi fechado e que o icmbio ameaçou tomar as terras se alguém entrasse por aquelas trilhas - mas o engraçado é que nelas se encontra atividade de exploração bem recente com pedras quebradas para uso em pavimentação de ruas). Mas isso não importa, andamos um pouco pelo local e logo depois conhecemos um casal que estava passando o carnaval na região, um caseiro que vive há 25 anos no local e depois de muitas horas de bate papo e muita chuva nos deixaram dormir na área de sua casa. O Parofes e o Victor bivacaram na varanda da casa enquanto a Paula e eu dormimos no porta-malas do carro.

No dia seguinte acordamos cedo, fizemos nosso café da manhã e, mesmo embaixo de forte garôa, saímos para explorar um pouco a região. Descobrimos o caminho para acessar a trilha e então fomos nós 4 mais o André (da casa onde ficamos) fazer uma caminhada e explorar o local. Acabamos andando em uma trilha pouco aberta e depois um pouco de vara-mato até voltarmos para a trilha que havíamos explorado no dia anterior. Como o clima não melhorava (e nem ameaçava mostrar melhoria) desistimos de fazer busca pelo caminho e então retornamos para a casa, arrumamos nossas coisas, nos despedimos do André e sua esposa e filhas e seguimos estrada, agora rumo ao conhecido.

O projeto da montanha "T" (de T-ressa) está aguardando novos dias, ele não foi abandonado mas a próxima investida será provavelmente por outro caminho, um que já conhecemos parcialmente, então aguarde.

Saindo de lá seguimos pela estrada e algum tempo depois, depois de um milho verde na Garganta do Registro estávamos em Itamonte e seguindo rumo Alagoa para subirmos o Pico do Garrafão, 29ª montanha mais alta do Brasil de acordo com o anuário estatístico do IBGE (veja nesse link informações sobre a subida dessa montanha pela Paula e eu no ano passado).

O começo da estrada foi tranquilo, seguindo por asfalto, depois por calçamento com blocos de cimento, depois terra batida boa até que foi piorando e cada vez mais os trechos com lama iam aumentando e ficando mais frequentes (nessas horas senti falta de estar com o Defender, mas no momento estou o vendendo, caso tenha interesse dê uma olhada no link www.defender110.com.br). Aos poucos fomos seguindo e olhando enormes desmoronamentos na serra (realmente enormes, só não foram divulgados por felizmente não serem regiões com habitações como aconteceu na região serrana do RJ) e chegamos então ao primeiro ponto (e mais tenso) da estrada: um atoleiro com uns 20 m de comprimento.

Parei o carro, descemos, olhamos, pensamos o melhor caminho e com o carro mais leve (Victor e Parofes atravessaram a pé) atravessei o atoleiro com o carro. Mas isso era apenas o começo da preocupação: passamos, e agora teríamos que também voltar!

Atravessando atoleiro com a Palio Weekend

Depois desse trecho a estrada voltou a ficar boa e pouco tempo depois estavamos estacionando o carro próximo da casa do Sr. Odir e começando a caminhada (embaixo de chuva) para o Garrafão (ou Pico Sto Agostinho). A subida, apesar de um pouco mais longa que na outra vez já que deixei o carro mais distante, foi tranquila e em 1h30 estávamos no cume da montanha fazendo uma breve pausa de 5 min para foto antes de pegarmos o rumo de volta.

A descida, agora embaixo de chuva mais forte, foi bem rápida e na nossa cabeça a maior preocupação era o atoleiro na volta. Se na ida já foi ruim, imagina na volta, com mais chuva! Sem perder muito tempo descemos e em 1h10 estava perguntando ao Sr. Odir se havia algum caminho alternativo para ir embora e ele dizendo que o melhor era o que viemos.

De volta ao carro não perdemos tempo e seguimos pela estrada de terra até chegar, mais uma vez, em frente ao trecho com lama. Lá mais uma parada, todos descemos do carro, olhamos o lugar e enquanto atravessavam a pé (e o Parofes filmava, veja abaixo o vídeo editado que ele fez) atravessei novamente o trecho sem perder muito tempo e com algumas boas derrapadas. Nessa hora todos estavamos surpresos com o carro (uma Palio Weekend Trekking 1.4), ela realmente se comportou muito bem!

Thundertank na mantiqueira!

Seguimos pela estrada, mais a frente outro trecho preocupante que passamos sem problema e logo chegamos ao trecho de terra batida e estável (ao lado de diversos desmoronamentos - inclusive o pessoal da região ficou "ilhado" por algumas semanas até que as estradas fossem reconstruídas). Em alguns trechos paramos para algumas fotos, vídeos e pouco tempo depois estávamos de volta em Itamonte nos hospedando no "clássico" hotel Leoni (em cima da loja de óleo do posto de combustível) :-)

Desmoronamentos na região de Alagoa - MG

Um merecido banho e em seguida um merecido jantar e fomos então andar pela cidade indo até a praça em frente à igreja onde havia tido algo de carnaval (felizmente tinha acabado e só tinha sobrado a sujeira pelo chão, mas sem barulho). Lá um churros, depois uma outra caminhada, depois de volta um sorvete e voltamos então para o hotel para a merecida noite de sono.

No dia seguinte acordamos sem pressa, fizemos nosso café da manhã no quarto, arrumamos as coisas e pegamos estrada de volta à São Paulo para evitar o trânsito do carnaval. O retorno foi tranquilo com direito a algumas pausas (inclusive na Decathlon de São José) e chegando em São Paulo um lanche no Subway do Center Norte, deixei cada um em sua casa e pude voltar para descansar e tirar as coisas molhadas da mochila.

Apesar de não termos êxito na exploração da montanha "T" o carnaval foi proveitoso. Concluímos que o caminho antigo (essa montanha era subida mais frequentemente há alguns anos) está inviável e voltaremos por outro caminho. Aproveitamos também para subir o Garrafão (inédito para o Victor e Parofes) e demos muitas, mas muitas risadas durante a viagem toda! Também aproveitei para testar melhor alguns itens fornecidos pela Proativa e logo publicarei minhas observações por aqui.

Eu nem fotografei nesses dias, as fotos aqui publicadas são da Paula ou do Parofes, mas se quiser ver como é o Pico do Garrafão sem chuva dê uma olhada no link de imagens Pico do Garrafão.

- enviado por Tacio Philip às 17:34:32 de 15/03/2011.



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