Fanpage Tacio Philip
>
página inícial
últimas notícias
lojinha

sobre
- Tacio Philip
- currículo
- meu blog
- facebook

montanhismo
- no Brasil
- alta montanha

arquivos
- mapas gps
- trilhas gps
- cartas topo
- wallpaper

postagens recentes
.: ver todos :.:

contato
- email


Adote um Gatinho


Eu não uso drogas!

Blog Tacio Philip
< Anterior: Dicas de acesso às montanhas do Parque Nacional do Caparaó | Listar publicações | Próxima: CURSO DE FOTOGRAFIA MACRO E CLOSE-UP "PAY-WHAT-YOU-WANT" >

05/10/2010 21:56:06 (#357) - A dificuldade de encontrar bons parceiros de montanha e escalada

Faz alguns meses que estou ensaiando escrever um texto sobre o que é, pelo menos para mim, o verdadeiro crux no mundo do montanhismo e escalada: conseguir bons parceiros. Hoje em dia devo ter uma meia dúzia de verdadeiros parceiros para montanha e uns quatro para escalada - muitos quase-parceiros vem e vão mais rápido que o vento nos cumes (e acho que ainda chutei alto a quantidade). Para expor um pouco meu ponto de vista vou dividir esse texto em duas partes:

escalada


depois de escalada em solitário
A dificuldade de conseguir parceiros para escaladas começa no meu estilo preferido de escalada: vias tradicionais e big wall (artificial). Mesmo escalando há 10 anos, hoje em dia escalo vias de 7º grau confortavelmente e só escalei um 8a, não sendo a dificuldade de uma via pela sua graduação o meu foco, o que gosto são as grandes e desprotegidas paredes em móvel.
Apesar de haver um grande número de escaladores rodando por aí, é raro encontrar algum que goste de escalar vias tradicionais, principalmente protegidas em móvel, e muito mais raro ainda encontrar quem goste e pratique escalada artificial. É fato que a maioria absoluta prefere o boulder ou, no máximo, vias esportivas curtas e com acesso fácil.
Eu acho que o estilo da escalada reflete também muito a personalidade da pessoa, normalmente escaladores esportivos ou de boulder gostam de juntar galera e ir pra base da parede com bastante gente pra incentivar seus movimentos na parede. Eu sou de um tipo diferente, se tem 5 pessoas juntas já acho que é uma galera e acima disso já começo a achar desagradável. Além disso gosto de escalar em silêncio, me concentrar nos movimentos, e roubando uma frase do Eliseu: "gosto de esticar corda".
Além disso, outra coisa que simplesmente não tolero é viciado em drogas em base de parede. Últimamente não tenho encontrado muitos aqui em SP, nisso tenho experiência e no Rio é maioria absoluta o número de escaladores que param pra curtir seu baseadinho na base da parede depois da escalada. E quem me conhece sabe: eu não sou amigo de maconheiro (veja esse link para entender minha posição sobre o tema).

montanhismo


durante travessia Marins-Itaguaré solo
No montanhismo a maior dificuldade é encontrar parceiros que estejam dispostos a entrar em roubadas. Hoje em dia posso dizer que já tenho alguma experiência em montanha e subir o Pico da Bandeira, Agulhas Negras ou até fazer uma Serra Fina não passa de um passeio. Não é que eu não goste dessas montanhas, vivo as repetindo, mas meus projetos pessoais atuais incluem montanhas mais remotas e com acesso complicado, sem trilha aberta, carregando o mínimo possível (normalmente nem barraca levo) e sem a certeza de conseguir alcançar seu cume. Além disso muitas são montanhas desconhecidas, o que já desanima os novos montanhistas.
Outro fator é, como descrevi acima, o gosto e estilo dos meus parceiros de montanha. Acho que todos eles acham um grupo de 5 pessoas um grupo grande. Para mim o número ideal é entre 1 e 4 pessoas, sendo até 6 tolerável, acima disso para mim é farofa e raramente faço alguma montanha com esse número de pessoas (no exato momento nem lembro de alguma que fiz com tanta gente).
Outro limitante é o mesmo citado acima: drogados. Eu simplesmente não faço trilha com maconheiros e cachaceiros. Quando estou em casa gosto de beber uma cerveja durante o jantar (normalmente uma Guinness ou Erdinger) e se quiser comemorar a subida de uma montanha em um restaurante com uma cerveja até te acompanho, mas levar garrafinha com conhaque, pinga, whisky ou o que quer que seja não combina com o ambiente de montanha. Até porque em vez de cuidar de alguém bêbado em uma montanha eu simplesmente preferiria jogá-lo montanha abaixo.

Acho que daria para esticar esse texto até publicar um livro, meus amigos e parceiros de escalada sabem muito bem o quão seletivo eu sou (para não dizer chato, acho que eles mesmos diriam isso). Mas mesmo com isso prejudicando quantitativamente o número de parceiros, assumo que às vezes faltam parceiros para alguns projetos, isso me favorece qualitativamente. Eu sei que posso confiar totalmente neles e eles sabem que também podem contar comigo. Além disso, como costumo fazer escalada e montanhismo com as mesmas pessoas, nós já nos conhecemos e sabemos os pontos fortes e fracos um do outro e isso é de grande ajuda quando se está em um ambiente pouco amigável.

E falando nisso, no próximo final de semana estarei com alguns deles novamente pelas montanhas e quem sabe paredes. Mais notícias e fotos após nosso retorno!

- enviado por Tacio Philip às 21:56:06 de 05/10/2010.



< Anterior: Dicas de acesso às montanhas do Parque Nacional do Caparaó | Listar publicações | Próxima: CURSO DE FOTOGRAFIA MACRO E CLOSE-UP "PAY-WHAT-YOU-WANT" >

cursos diversos
- GPS: Operação, planejamento e tratamento de dados
- Escalada em Rocha
- Calculadora hp 50g
- Calculadora hp Prime
- Macrofotografia e close-up
- Photoshop para fotógrafos

fotografias macro
- tradicionais
- stacking
- anaglifos (3d)
- abstratas

fotos recentes
- show oswaldo montenegro - braganca
- show blaze bayley - sp
- concerto vika - unibes cultural - sp
- show iron maiden - sp
- show oswaldo montenegro - braganca
- show sepultura extrema - mg
- escaladas ana chata - sbs
- travessia serra do lopo - transmantiqueira
.: ver mais :.
.: buscar imagem :.

vídeos
YouTube

* será redirecionado para o site:
macrofotografia.com.br

free counters


© Tacio Philip - 2005/2022
Não é permitida cópia parcial ou total do conteúdo ou código fonte deste site.