Ontem aconteceu aqui em São Paulo mais uma edição do
Bazar de inverno da OBB. Essa edição foi em uma nova casa próxima do Shopping Iguatemi (muito maior que o local anterior) e, como sempre, teve os mesmos fabricantes/lojistas vendendo seus produtos fora de linha ou com defeitos.
Essa feira é boa para ambas as partes. Para o esportista é bom porque você sempre encontra amigos acaba virando um evento social. Além disso, é a única maneira de comprar roupas pelo preço que elas valem, ou seja, mais ou menos metade do preço exorbitante cobrado normalmente nas lojas (por isso muitas estão fechando). Nem todos são corredores de aventura ou idiotas querendo usar a roupinha de grife que tem 30g a menos a qualquer custo (afinal você tem que mostrar para outro a etiquetinha na perna da calça, não?).
Além disso esses bazares beneficentes são realmente muito beneficentes para os fabricantes. Imagina o que você faria se você fosse dono de uma fábrica, fizesse alguns modelos piloto para teste, alguns outros da produção em série saissem com pequenos (às vezes) defeitos ou mesmo com a troca de coleção inverno/verão? O que você faria com os produtos estragados/encalhados? A solução é simples: feira beneficente! Sua empresa realmente se beneficiará vendendo o que seria lixo pelo preço vendido para o lojista por um produto em perfeito estado (sim, eles não vendem a preço de custo, eles vendem pelo preço de atacado de um produto novo). Além disso outra vantagem: sem nota, sem impostos, sem o produto ter existido para o governo!
Mas fazer o que? Para quem não é otário de pagar R$140,00 em uma calça bermuda no final das contas vale a pena pagar a metade por um modelo da coleção passada com ums costura precisando ser refeita. O mesmo por uma camiseta de R$60,00 por R$20,00 por ter uma mancha de tinta ou um tênis de R$300,00 por R$150,00 por ser final de coleção.
Mas deixa como está, é só continuarmos fazendo de conta que somos idiotas e eles fazendo de conta que não são espertos que tudo continuará na mesma e todos continuarão felizes. Afinal o que seria do mundo sem essa hipocrisia? E que venham outras feiras, sempre estarei por lá procurando produtos de qualidade (isso não posso negar) por preços justos.
- enviado por Tacio Philip às 14:37:54 de 31/05/2010.
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