Ontem, dia 12/05, nos encontramos o Bizu, o Daniel, o Rodrigo e eu na minha casa e, graças ao trânsito, atrasamos um pouco e, em vez de sairmos às 9h como programado acabamos saindo uns 30 a 40 minutos depois, seguindo estrada pela Fernão Dias - com direito a um grande desvio pela Cel. Sezefredo Fagundes por causa da pista interditada - e pouco mais de 1h após estavamos parando para comprar um lanche no supermercadinho da estrada que liga Bragança Paulista e Piracaia.
De volta ao carro seguimos por mais 10 min e logo estacionamos o carro em frente da trilha que leva à base das vias do Visual das Águas, provavelmente o local onde mais escalei até hoje e que ainda gosto de escalar.
Seguimos a trilha até a base das vias, onde o Pedro Hauck já nos esperava (tinha chego há uns 10 min), e logo começamos a nos equipar e comecei então escalando a via Liló (5ºsup) para aquecer. Ao mesmo tempo o Pedro equipou a via Gosma Verde Mal Cheirosa (6º) e logo estávamos no chão para que o Bizu, Daniel e Rodrigo também escalassem. Fomos alterando a escalada e segurança e pouco tempo depois, eu e o Pedro fomos também escalar a Via da Raiz (5ºsup), uma via que eu não escalava há muito tempo e também a Cucaracha borracha (6º), um sexto grau com uma saidinha mais forte, beirando um 7a.
Daniel na via Liló.
Cansado da parede da sombra fui então mais próximo da parede do visual e entrei então na via Tribal (7a), um 7º muito bonito com uma boa variedade de agarras e movimentos. Na descida aproveitei para equipar e isolar os movimentos da Índia (7c), que começa e termina junto com a Tribal mas tem um crux muito mais difícil em sua metade.
De volta ao chão fiquei descansando um tempo enquanto o Pedro também escalava a Tribal e em seguida equipei também a Água Mole (4º), deixando um top para o Daniel que tinha adrenado depois de uma pequena queda na Gosma. Quase ao mesmo tempo o Pedro equipou também a Água que passarinho não bebe (7a) e nessa hora percebi que, quando ele fez o rapel da Tribal, esqueceu que eu entraria na Índia e tirou todas as suas costuras.
O tempo foi passando, fiquei descansando enquanto o Daniel escalava a Água Mole e o Bizu fazia sua primeira tentativa na Água que passarinho não bebe e depois disso o Pedro entrou novamente na Tribal para, no rapel, equipar a Índia para mim.
Com os dedos descansados e com os movimentos da via frescos na cabeça entrei então para tentar sua cadena. Comecei a escalada tranquilamente, seguindo o começo que é o mesmo da Tribal e, depois da 2ª costura, em vez de seguir para a direita fui para a esquerda, entrando agora sim na via que eu estava pensando em escalar há alguns dias (na verdade quis ir no Visual exclusivamente por causa dessa via!).
Enquanto eu escalava a via Índia, o Pedro, que havia parado durante o rapel em uma das proteções da Tribal, aproveitava para fazer algumas fotos minhas durante a subida. Fui seguindo os movimentos que eu havia isolado pouco tempo antes e, movimento após movimento, sem cometer nenhum erro, consegui passar o crux da via e chegar até a aresta onde ela volta a se encontrar com a Tribal. Na hora um breve grito de felicidade, agora era pouco provável que eu levasse uma queda, e segui então até sua parada, onde tive a certeza de conseguir escalar meu segundo 7c! (a primeira tinha sido há exatas 3 semanas na Pedreira do Jd Garcia em Campinas).
Eu na via Índia (7c) - foto por Pedro Hauck
De lá um rapel até o chão e mais alguns minutos de descanso enquanto o Bizu entrava e encadenava a Água que passarinho não bebe, via que aproveitei para fechar o dia escalando enquanto o final da tarde chegava e enquanto o Pedro também escalada a Água Mole para tirar as costuras da parede. Todos reunidos de volta à base enrolamos as cordas, separamos os equipamentos que estavam misturados, arrumamos as mochilas e já com as headlamps acesas descemos para o carro.
De lá o Pedro seguiu direto para Itatiba enquanto eu, o Rodrigo, o Bizu e o Daniel seguimos para Bragança para um merecido Açaí (que me rendeu agora um pouco de dor de garganta hoje, estava bem frio!). Saindo de lá pouco mais de 1h e estavamos novamente em frente ao meu prédio de onde o Rodrigo seguiu para sua casa em Osasco, o Bizu para SBC e o Daniel para o Ipiranga (ele ainda daria aula de Yoga de noite).
Apesar de eu já ter ido n+x vezes no Visual, sempre vale a pena voltar por lá. As vias da sombra são bem gostosas de escalar (pra quem gosta de regletes) e ontem eu tinha um motivo extra: encadenar a Índia, um 7c que eu havia tentado só uma vez.
E algumas das fotos já estão disponíveis no link Visual das Águas.
- enviado por Tacio Philip às 23:14:00 de 13/05/2010.