No último Sábado, aproveitando o feriado do carnaval, o Vin e a Petula sairam do Rio de madrugada e chegaram em São Paulo cedo. Os busquei no metrô, passamos na minha casa para acabar de arrumar as tralhas e pegar a Paulinha e logo estávamos fazendo um pit stop no supermercado para compras e em seguida na estrada a caminho de Bananal.
Como meu pai havia me avisado que a Ayrton Senna estava parada por causa de acidente na Tamoios (e depois confirmado pelo Luiz), seguimos direto pela Dutra e a viagem correu sem nenhum imprevisto ou atraso. Seguimos pela Dutras até Cachoeira Paulista onde entramos pela Rodovia dos Tropeiros passando por Silveiras (com direito a um Açaí), Areias, São José do Barreiro e finalmente Bananal. De Bananal mais alguns muitos quilômetros em estrada de terra pela SP 247 até pouco depois da divisa SP/RJ (sendo que em uma das bifurcações pegamos caminho errado - no km 28 SUBA!).
Com a chegada da noite conversamos na pousada Rio Mimoso (que só tinha pacotes em chalé para carnaval) mas conseguimos um local para acampar próximo ao seu mirante. Armamos acampamento, fizemos o jantar e logo fomos dormir.
No dia seguinte acordamos cedo, arrumamos as coisas e por volta das 8h30 estávamos na casa da D.Maria deixando o carro e começando a trilha de subida da Pedra do Frade.
O começo da trilha é bem tranquila, segue por uns 30 minutos em estrada de terra até chegar a um descampado onde se vira para esquerda e se atravessa o Rio Bonito (com uns 10 metros de largura). Lá tiramos as botas, atravessamos e depois continuamos pela trilha, agora em mata fechada quase o tempo todo.
A trilha é muito bonita e também muito molhada. Em diversos pontos tivemos que atravessar charcos e riachos - a parte boa é que você praticamente não precisa carregar água. Ela também é quase plana, há muitos lances com subidas e descidas mas no final você percebe que continua na mesma altitude de onde ficou o carro (sempre por volta de 1150m). A trilha só começa a subir de verdade no seus lances finais, quando chega à gruta do alemão, onde é o último ponto de água e onde montamos nosso acampamento (apesar da trilha estar bem limpa, não podemos dizer o mesmo da gruta, muitas pessoas ainda insistem em subir e deixar lixo naquele lugar, realmente lamentável!).
(não dá pra ver muita coisa mas dá pra imaginar pela minha indignação)
Nessa hora a Petula estava muito cansada e o Vin com dor de cabeça então eu e a Paula resolvemos continuar leves (carregando só água e um lanche) e fazermos então o resto da subida até o cume da Pedra do Frade. Saimos da gruta às 14h50 e como seguimos leve em cerca de 1h30 estávamos no seu cume podendo observar de um lado a Serra da Bocaina e do outro lado o mar e Angra dos Reis.
Ficamos um bom tempo no cume tirando fotos e descansando até que resolvemos descer. Na descida mais uma pausa no mirante para mais fotografias e depois direto até a gruta para um merecido banho (estava absurdamente calor), acabar de armar o acampamento, jantar e dormir.
No dia seguinte acordamos sem pressa, tomamos nosso café da manhã, desarmamos o acampamento e às 10h45 começamos a descida da trilha. O caminho da volta foi mais rápido e às 15h estávamos no Rio Bonito deixando as mochilas na sua margem e tomando um belo banho.
Ficamos mais de 1h nos refrescando e depois seguimos os 30 minutos restantes de trilha até o carro. Lá mais uma pausa para lanche, finalmente tirar as botas e calçar a papete e depois seguimos então a estrada de volta para Bananal.
Em Bananal procuramos algum lugar que nos atraisse para almoçar/jantar mas a cidade estava toda interditada por causa do carnaval. Seguimos então pela estrada agora sentido Barra Mansa (esse caminho é maior mas a estrada é muito melhor que o caminho que usamos na ida). Algumas horas se passaram e chegamos novamente a Rodovia Dutra onde fizemos mais uma parada, agora em Resende, onde encontramos um restaurante aberto (parecia cidade fantasma) e pudemos jantar.
De lá mais algumas horas de estrada (felizmente sem nenhum trânsito) e pouco depois da 0h estava deixando a Petula e o Vin na casa de seu irmão e chegando em casa para uma merecida noite de sono em uma cama.
A subida da Pedra do Frade é muito bonita. A trilha não é muito exigente mas é bem longa (13,5km de onde deixamos o carro até seu cume) mas vale a muito a pena. O visual é lindo e a própria Pedra do Frade, com algumas fendas, me deixou com idéia de voltar por lá para tentar uma nova via de subida, quem sabe...