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03/01/2010 23:16:00 (#276) - Virada do ano no Acampamento Base Marins

No último dia do ano passado saímos de São Paulo a Paula e eu, rumo à Piquete, ignorando a previsão do tempo que confirmava que teria muita chuva mas ainda com a intenção de subir e passar a virada do ano no cume do Pico dos Marins.

Depois de algumas horas de estrada chegamos no estacionamento do Acampamento Base Marins, embaixo de chuva fraca, e enquanto conversavamos com o Milton acabamos de arrumar nossas mochilas para começar a subida. Minha idéia de passar a virada do ano por lá veio pelo fato de eu considerar o meu início no montanhismo naquela montanha, há 10 anos em 2000, e seria uma boa começar 2010 por lá.

Com as mochilas nas costas, às 15h45 começamos a caminhada pela trilha molhada enquanto a chuva dava uma pausa. Em alguns momentos voltava a chover mas logo em seguida parava e logo estávamos no Morro do Careca fazendo uma rápida pausa para lanche.


Eu - ainda não muito molhado - no Morro do Careca (foto por Paula)

Continuamos a caminhada e a cada metro de altitude que ganhávamos pela trilha super escorregadia a chuva ficava mais forte. Por um tempo insistimos na subida até que, às 17h30, virei para a Paula e falei: "É roubada continuar" e ela concordou totalmente. Nesse momento devíamos estar por volta de 2000 m de altitude, a trilha já tinha virado uma corredeira e a chuva que havia engrossado, além de nos deixar encharcados, fazia a visibilidade cair para poucos metros. Além disso, como o GPS estava com as baterias fracas, mesmo conhecendo a montanha seria muito fácil nos perdermos sem ter nenhuma referência visual e continuar a subida naquelas condições seria acender uma vela, ou melhor, fazer um despacho caprichado, para Murphy.

Imediatamente começamos a descida e, quase às 19hs, chegamos novamente ao Base Marins anciosos por uma roupa seca e para fazer o jantar. Aproveitando que o Milton ainda não havia jantado, fiz no forno a lenha um bom macarrão com atum e milho enquanto ele preparava lentilha e depois que jantamos ficamos horas e horas conversando até chegar a virada do ano, com direito a brinde com champagne.


Eu, Paula e Milton na virada 2009/2010

Mais alguns minutos de bate-papo, eu e a Paula armamos a barraca dentro do salão e por volta das 0h30, mortos de sono, fomos dormir. Apesar de não passar a virada do ano no cume do Marins a virada foi muito legal na base com o Milton. Às vezes, muito ao longe, ouvíamos o barulho de fogos em Piquete mas o som que mais nos acompanhava era da chuva que não parava de cair e dos gafanhotos na mata.

No dia seguinte acordamos tarde, comemos alguma coisa e logo colocamos todas as tralhas molhadas no porta-malas e seguimos estrada. Saí de lá com a idéia de descobrir outro caminho que interligasse o estacionamento do Marins com o Itaguaré (diferente do que eu já percorri a pé retornando da travessia Marins-Itaguaré) então seguimos até uma subida que, pelas placas, seria o caminho para o Marinzinho (próximo a Pousada do Maeda). Só que nem tudo é tão fácil assim: começamos a subida, passamos por um mata-burro e logo o carro começou a derrapar e parou (mesmo com o diferencial bloqueado!). Desci alguns metros, coloquei a reduzida e mais uma tentativa... e nada de subir! Além da subida super escorregadia agora os pneus estavam parecendo pneu slick de fórmula 1 com barro grudado, ou seja, nossa única opção seria para baixo.

Engatei a ré (reduzida) e começamos então a descer, só que ai que tudo piorou e depois de alguns metros o carro escorregou para o lado da "estrada" parando próximo do mata-burro com as rodas do lado esquerdo em um poço de lama. Tentei voltar a subir e o carro mal saia do lugar e ameaçava se afundar mais ainda. Nessa hora tive então que calçar as galochas e, com o pé na lama e embaixo de chuva fraca, fui buscar galhos para calçar as rodas e tentar sair.

Alguns troncos embaixo das rodas, algumas tentativas e nada de sair do lugar! Essa hora o estepe (que fica na tampa traseira) já estava encostada em uma das madeiras da porteira ao lado do mata-burro então tentei, sem muito sucesso, subir e descer aos poucos manobrando o carro de modo que conseguisse passar ao lado da madeira e voltar para a estrada.

Algumas outras muitas tentativas e nada. Havia tentado subir e descer o carro alguns centímetros uma dezena de vezes para tentar manobrar mas mal tinha saido do lugar. Nessa hora, aproveitando que não estava mais encostado na porteira, vi que era possível a tirar e foi o que fiz, tirando o tronco principal de modo que consegui de ré voltar para cima do mata-burro e em seguida para a estrada. De volta a estrada, e vendo que agora a descida seria mais tranquila, coloquei o tronco de volta ao lugar e então descemos passando ao lado de um outro carro (um Toyota) que também desistiu de subir por causa da pista escorregadia.

Para passear e conhecer novos caminhos pegamos a estrada passando por Marmelópolis e depois saindo em Delfim Moreira (onde a fome já estava batendo e não encontramos onde almoçar). De lá finalmente asfalto e, de volta à Piquete, conseguimos fazer nosso merecido almoço.

O resto do caminho foi tranquilo - tirando a forte chuva que deixou vários pastos ao lado da Rod Dutra muito alagados e ainda a fez ruir próximo de Pindamonhangaba - e no final da tarde estávamos em casa para o merecido banho, jantar e noite de sono!

Agora é só esperar o verão acabar - e com ele espero que também as chuvas - para poder voltar às montanhas e paredes. Esse ano completo 10 anos das montanhas/paredes e com certeza quero comemorar com muitas e muitas escaladas!

- enviado por Tacio Philip às 23:16:00 de 03/01/2010.



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