No último Sábado, dia 19, depois de um grande atraso devido ao trânsito na Rod. Castelo Branco, chegaram na minha casa por volta das 9hs o Alessandro e o Cando, de Itu. Sem perder tempo colocamos as 3 bicicletas no porta malas e pegamos estrada rumo a Rodovia do Imigrantes, onde enfrentamos um pouco de trânsito devido à um acidente, mas logo estávamos estacionando o carro no McDonalds logo depois do pedágio mais caro do Brasil, a R$17,80.
Sem perder tempo nos arrumamos, pegamos as bicicletas e às 9h30 começamos o pedal na Imigrantes rumo ao litoral. O primeiro trecho foi pelo acostamento da Imigrantes e, depois de 11,3 km, estávamos na saída que dá início a descida da serra pela estrada de manutenção da Imigrantes, parte da Rota Marcia Prado de bicicleta, que começa no Grajau e vai até o litoral. Como nossa idéia era descer e subir a serra pedalando, a decisão foi fazermos apenas esse trecho (que realmente é o desejado por mim e pelo Alessandro há algumas décadas literalmente) ida e volta deixando o carro mais próximo. Como o caminho todo tem 77km, fazê-lo ida e volta seria suicídio.
Logo no início da descida fizemos uma pausa obrigatória para preenchimento de termo de responsabilidade e cadastro (fui o número 44), inspeção das bikes (agora até elas sofrem inspeção!!!) e às 10h30 começamos a descida no asfalto com bastante lodo que vai zig-zagueando a Imigrantes.
Apesar do tempo completamente fechado na serra, com muita neblina e em alguns pontos até chuva, a vista do litoral é muito bonita. Essa estrada atravessa a Rod. dos Imigrandes diversas vezes, ora por baixo dos seus viadutos, ora por cima de seus túneis e é quase toda em descida, tendo uns 4 ou 5 trechos de subida, sendo que dois deles são bem fortes e vimos algumas pessoas os subindo empurrando as bikes.
A descida foi tranquila, fizemos poucas paradas e às 11h38 estávamos parados junto a um grupo de organizadores que esperavam juntar uma turma para passar em pelotão por uma favela logo a frente. Como nossa idéia era descer e subir, nessa hora decidimos não seguir esse trecho final (já estávamos a uma altitude de 130m) então mudamos o rumo e começamos a longa subida da serra.
Apesar de tudo a subida foi tranquila. Fizemos algumas pausas para lanche, algumas outras para fotografias e mais uma um pouco mais longa para consertar um pneu furado na bike do Alessandro.
O tempo foi passando, a subida não acabava nunca mas às 14hs estávamos de volta ao ponto de cadastro na borda da Rod. dos Imigrantes. Para retornar ao carro, evitando seguir pela contra-mão na Imigrantes, seguimos pela estrada até que saímos em um portão que nos levou a mão correta da rodovia. Nesse trecho ainda passávamos por pessoas que desciam rumo ao litoral! De lá mais alguns minutos de pedal com só um ponto crítico onde atravessamos a rodovia, e às 15h11, depois de 53,16 km de pedal e por volta de 1000m de desnível acumulado, estávamos ao lado do carro no estacionamento do Mc para uma merecida casquinha e estrada de volta para casa.
Em casa o Alessandro e o Cando pegaram suas bikes, colocaram no bagageiro do Alessandro e em seguida seguiram para Itu. Eu ainda teria um dia cheio, com um insuportavelmente chato casamento crente para ir à noite (pelo menos a comida era boa - já respondendo a mensagem no celular do Alessandro).
Esse dia de descida foi um teste para ver se o parque Estadual Serra do Mar (Itutinga Pilões) libera oficialmente este trecho para descida de bike. Em conversa com um dos funcionários do parque, por enquanto só é possível a descida através de autorização prévia. Espero que ninguém tenha feito besteiras durante a descida que possam prejudicar a liberação desse caminho. Hoje vi na TV uma reportagem sobre essa rota e informaram que 850 pessoas a desceram!
Agora é planejar um outro dia para fazer o bate-volta no trecho Grajau - Imigrantes ou o trecho completo saindo no litoral. Pelo menos as chuvas não atrapalham os dias de pedal como atrapalham os de escalada nessa época do ano.