Hoje cedo saí de São Paulo com meus pais em direção à Socorro (cidade, não bairro) onde fui ver um negócio e, saindo de lá, voltamos por estrada de terra até a cidade de Pedra Bela, onde fizemos uma parada para escalar.
Cheguei até a estacionar ao lado da lanchonete ao lado da Pedra Bela mas na mesma hora decidir ir para a Maria Antônia, uma rocha bem próxima de lá que costuma ficar sempre mais vazia e com a vantagem de ter vias mais longas com cerca de 120 - 130m de extensão.
Para aquecer entrei na via
Paredão Enzo Davanzo, um 4º grau tranquilo com o crux (um 4º sup/5º) no final da primeira enfiada. Lá armei um top rope, desci até a base e dei segurança para meu pai que foi até a parada e depois desceu.
Para continuar, como eu queria treinar um pouco, aproveitei para dar uma reciclada nas técnicas de escalada em solitário e estrear um mosquetão em formato de meia-lua (
Omni) que recebi essa semana para substituir os mosquetões normais que usava no peitoral quando fazia esse tipo de escalada.
Me aprontei na base colocando a corda na mochila, vesti o peitoral, passei a corda pelo
Soloist (equipamento para escalada em solitário) e logo comecei a subida prendendo uma das pontas da corda na primeira proteção (grampo P) e segui a escalada guiando.
Como de qualquer maneira quando se escala em solitário você precisa subir com a corda fixa embaixo até uma parada, montar esta parada, descer de rapel para liberar a corda na base e subir escalando novamente (ou jumareando, depende a via) com corda fixa por cima, o melhor para agilizar a escalada é esticar o máximo a corda, no meu caso subindo 2 enfiadas de cada vez.
A subida foi bem tranquila, a via é um 4º grau e depois de pouco mais de 1 hora eu tinha acabado de subir as suas 6 enfiadas (em 3 esticões sendo que 2x cada pelo motivo explicado acima), ou cerca de 120 a 130 m de via (uns 250 m de escalada na minha situação) pela minha estimativa. De lá foi só preparar mais uma sequência de rapéis (ai sim você tem que parar de parada em parada já que o tamanho máximo do rapel é igual a metade do comprimento da corda) e depois de 6 rapéis cheguei ao chão, 1h25min depois do começo da minha escalada (queria ter feito em tempo menor, mas como estava me readaptando com os procedimentos acabei demorando mais).
A
escalada em solitário é uma escalada que você faz sozinho mas com autosegurança, diferente de
escalada solo que se escala sem corda, ou seja, sem proteção e sem poder cometer erros (ou sofrer imprevistos). Sempre que eu quero dar uma reciclada ou só praticar um pouco desse tipo de escalada vou nessas vias da Maria Antônia. Elas são bem protegidas (inclusive pulei muuuitas proteções durante a subida), um nível fácil e longa o suficiente para o treino ter efeito.
Esse treino serve para me preparar para vias maiores que pretendo escalar em solitário. Não tenho nenhuma via em especial em mente no momento mas com certeza pretendo fazer alguma escalada longa assim essa temporada. Até agora a via mais longa e comprometedora que fiz em solitário foi a
Evolução (5ºVIsup E2) em Pedralva com 320m (10 longas enfiadas) e até hoje foi uma das melhores, senão a melhor, escalada que já fiz! (clique no nome da via acima para ver o relato)
E antes que pergunte ou resolva se arriscar nesse tipo de escalada alguns conselhos: conheça a via que quer fazer, escale em um grau que domina tranquilamente e domine totalmente as técnicas de autossegurança e autorresgate. Lembre-se que se algo acontecer você não terá um parceiro para te tirar da roubada!
E já estão aqui no site as fotos das escaladas de hoje no link
escalada em solitario maria antonia.
- enviado por
Tacio Philip às 20:35:00 de 20/06/2009.
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