Semana passada dia 15 fui para Indaiatuba na casa do Léo, parceiro de algumas escaladas pelo Brasil. Ficamos durante esse dia apenas conversando e passeando de Defender por uma pista de motocross próximo de sua casa e no dia seguinte, bem cedo, saímos rumo a Andradas, no Sul de Minas, para escalar na Pedra do Elefante.
Chegamos em Andradas depois de umas 2hs de estrada e depois de se perder um pouco estávamos na estrada de terra que leva à base da Pedra do Elefante. A estrada é bem ruim e felizmente estávamos em um 4x4 (é impossível subir boa parte com um carro normal), graças a isso poupamos pelo menos uns 40 minutos de caminhada, chegando de carro até onde a estrada realmente acaba, a uns 20 min da base da pedra.
Começamos a caminhada e fomos direto para a via Vulcano, uma via de 180 m que chega ao cume da Pedra do Elefante e que pode ser protegida boa parte em móvel. Entrei guiando a primeira enfiada, o Léo guiou a segunda dando uns esticões assustadores (pensei que ia voltar contando que um amigo meu morreu escalando :-D) e em seguida entrei guiando a terceira enfiada, protegendo boa parte com peças móveis.
No começo essa enfiada foi tranquila, subindo por uma grande fenda, mas ai que começaram os problemas. Logo que acaba a fenda a via segue em linha reta para cima, o guia de escaladas local diz ser um 5º grau, mas nem F**** é um 5º grau. Pelo posicionamento e tamanho das agarras (regletes minúsculos) é pelo menos um 6º sup. Mas não é só isso, comecei a subir esse lance e vi que ainda tinha pelo menos 3 proteções acima de mim (chapeletas), só que as costuras estavam acabando. Subi mais uns lances, improvisei uma costura e fui até onde deu, usando a última costura. Em seguida o lance melhorava, mas como eu nunca havia escalado essa via, não sabia se a próxima parada estaria acima do platô que eu via ou mais acima, então o melhor foi não arriscar.
Depois de olhar, pensar, olhar e pensar mais um pouco, eu e o Léo decidimos que o melhor era descer mesmo. Abandonei então um pedaço de fita e fiz rapel até a parada da via, onde o Léo reclamava de calor e sede sem saber que tinha 2 litros de água na minha mochila (do lado dele) ;-)
E os problemas não tinham acabado, como essa via faz uma grande diagonal para direita, era impossível rapelarmos. A única solução foi desescalar a 2ª enfiada da via até a 1ª parada (o que não foi tão ruim quanto eu pensava) e de lá sim, descer de rapel até a base.
Chegamos na base cansados e com fome. Comemos nosso lanche e depois fomos para a frente da pedra, onde está a via normal. Começamos a subir solando, subindo até a primeira parada sem proteção. De lá o Léo fez minha segurança e estiquei até a 4ª parada (tendo ainda atravessado de uma via para outra). Fiz sua segurança e de lá ele seguiu para a 5ª parada, e onde não sabia mais para onde a via ia para acesso ao cume. Novamente achamos que o melhor era descer.
Foram intermináveis 5 rapéis em positivo e com dor nos pés, mas logo chegamos na base, bebemos água e começamos a descer, parando só para algumas fotos e depois indo de carro até onde fica o Abrigo de Montanha Pântano para marcá-lo no GPS. De lá foi estrada novamente, indo direto para Indaiatuba, onde jantamos e logo peguei a estrada de volta para São Paulo.
O lugar é realmente bonito e tem muitas vias (de todos os graus), logo que der quero voltar para repetir (e terminar) a Vulcano e para outras vias, como na Pedra do Pântano, que é realmente impressionante e imponente.
Algumas fotos abaixo. Clique na imagem para ampliar.
Pedra do Elefante
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Pedra do Elefante vista de dentro do carro
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Trilha de acesso à base
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Léo na base da via Vulcano
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Plaqueta indicando a via (porque não tem isso em todas vias?)
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Léo na fenda da 2ª enfiada
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Eu na 2ª parada da via
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Pedra do Pântano, quem sabe a próxima
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- enviado por
Tacio Philip às 12:06:00 de 21/08/2007.
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